Havia barracões e armazéns à moda antiga, de todos os estilos e tamanhos,
alguns já desabados e outros prestes a desabar. As paredes faziam bojo e
cresciam árvores pequenas nas valetas para a água da chuva. Havia ruas
secundárias por todo o lado. Parecia uma cidade dentro de outra cidade. Com
imenso para vasculhar.
— Posso consultar os registos dos arrendamentos, à procura do nome
Kempner — disse Griezman.
— Provavelmente, ele pagou em dinheiro vivo — respondeu Reacher. — Por
baixo da mesa. Ou então está a dar uma de ocupa.
— Seja como for, vou ver. Pode haver indicação de alguma atividade
invulgar. Não podemos fazer isto ao acaso. É uma coisa demasiado grande.
Griezman deu meia-volta no espaço entre um fabricante de cordas e outro de
velas e foi-se embora, atravessando de novo a ponte de metal retangular.
— Precisamos de pôr um carro nesta ponte — disse Reacher. — É uma
necessidade elementar. Esta ponte é a única maneira de entrar e sair daqui. Ele
não tem mais nenhuma outra hipótese de levar a carrinha até ao porto.
— O gabinete do presidente da câmara ainda não libertou os meus homens
— retorquiu Griezman.
— Mas já conseguiu sacar de lá um.
— Mas não consigo sacar dois.
Reacher ficou calado.
E Griezman disse:
— Bom, suponho que até podia pedir à divisão de trânsito. Eles não estão
envolvidos na questão do parque de estacionamento do hotel. De certeza que o
chefe-adjunto Muller estaria disposto a fazer-nos um favor.
— Peça-lhe isso em alemão — respondeu Reacher. — O inglês dele é
péssimo.
Por essa altura, Wiley já se encontrava a mais de três quilómetros de
distância. Uma rápida caminhada no sentido contrário, seguida de uma curta