arregaçadas e os antebraços apoiados na mesa. Tinha cabelo escuro e curto,
olhos escuros e um bronzeado. A pele parecia macia, mas ele estava convencido
de que não era. Já a tinha visto em ação. Era rápida e excecionalmente forte.
Seria dura e sólida por baixo da pele. Mas ele não sabia. Nunca lhe tinha tocado.
Nem sequer lhe apertara a mão.
Reacher disse:
— Não sei ao certo do que vamos precisar. À partida, a decisão mais sensata
seria começar a fazer listas. De ordens de destacamento. Pessoal no ativo e
fisicamente presente na Alemanha num determinado dia. E os civis também, a
partir dos registos dos passaportes.
— Porquê?
— Precisamos de encontrar um determinado americano que estava em
Hamburgo numa determinada janela de tempo de cinquenta minutos.
— Porquê?
— Está a planear vender uma coisa que vale cem milhões de dólares a um
bando de mauzões da nova guarda do Iémen e do Afeganistão.
— E sabemos o que ele vai vender?
— Não fazemos ideia.
— As fronteiras terrestres são capazes de ser um problema. Acho que dá para
as cruzar pura e simplesmente de carro. Por causa da União Europeia. Os
registos dos passaportes podem ser incompletos.
— Exato. É só a decisão mais sensata, não quer dizer que funcione. Mas
podemos ajudar a aumentar as probabilidades. Podemos analisar quem andava a
entrar e a sair da Suíça, talvez uma semana antes. Na altura em que o tipo estava
a tomar a decisão final. Ia vender. Estava prestes a dar início às negociações.
Que sabia que não podiam durar para sempre. Por isso, precisava de se antecipar.
Por isso, abriu uma conta bancária secreta na Suíça. Provavelmente, em Zurique.
Ali quietinha à espera. A seguir, voltou para Hamburgo e disse o preço que
queria.
— O que também é apenas uma conjetura. Logo, não pode servir de fator de
exclusão. Pode ser uma conta antiga, já com uma série de anos. Podemos não
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
#1