solicitados.
Reacher encolheu os ombros e enfiou a mão no bolso, à procura da
identificação militar. Era fácil de encontrar. Não havia muito mais coisas lá
dentro. Entregou-a. E Neagley fez o mesmo. O polícia apontou os nomes deles
no bloco de notas e devolveu-lhes os cartões, educadamente.
— Obrigado — disse.
— Que aconteceu? — perguntou Reacher.
— Uma prostituta foi estrangulada. Antes de os senhores cá chegarem.
Tenham um bom dia.
O tipo afastou-se, deixando-os sozinhos no passeio.
Nesse momento, o americano encontrava-se a menos de quinhentos metros
de distância, a alugar um carro num pequeno franchisado entalado entre dois rés
do chão, numa rua paralela com apartamentos baixos. Queria sair da cidade. Só
por uns dias. Ou até por umas horas. Sabia que era uma reação imatura. Como
uma criança. Não vos posso ver, por isso também não me podem ver. Não é que
estivesse preocupado. De maneira nenhuma. Não havia impressões digitais, nem
ADN, nem câmaras. Ela era apenas uma prostituta. Iam desistir rapidamente.
Tinha a certeza disso. Mas, entretanto, era escusado ficar por ali. Talvez fosse de
carro até Amesterdão. E depois voltaria. Era como estar a cair. Já não havia
forma de parar.
Reacher e Neagley regressaram ao hotel e o rececionista informou-os de que
um cavalheiro chamado Waterman tinha telefonado duas vezes da América.
Meio-dia em Hamburgo. Seis da manhã na Costa Leste. Um assunto urgente
qualquer. Subiram para o quarto de Neagley, que ficava mais perto, e ligaram de
lá. Landry, o homem de Waterman, atendeu. Já estavam todos a trabalhar. A
seguir, o próprio Waterman surgiu na linha e disse:
— Têm de voltar para cá. Acabaram de apanhar mais conversa. Acham que