Reacher assentiu.
— Acho que vimos uns quantos no avião. Novos e desmazelados.
— Mas a convenção ainda estava a todo o gás no dia do encontro do
mensageiro. Havia duzentos programadores americanos ali na cidade. Se calhar,
um deles escapuliu-se durante uma hora.
Reacher ficou calado.
E Ratcliffe continuou:
— A nossa gente informou-me de que, na Europa Ocidental, essas
convenções têm um toque diferente. Costumam atrair os excêntricos e os
radicais.
A seguir, Ratcliffe foi-se embora, com os guarda-costas, na carrinha preta.
Sinclair prosseguiu com a reunião. Explicou que o foco se passaria a centrar nos
programadores informáticos. Explicou que o FBI possuía uma nova equipa
dedicada a tais assuntos. Waterman faria a ligação com essa equipa, mas apenas
por intermédio dela, de Ratcliffe ou do presidente, ou então de quem mais
pudesse ser útil, mas, de novo, sem ser de forma direta. White identificaria os
tais duzentos americanos e começaria a verificar os respetivos antecedentes.
Reacher não desempenharia nenhum papel no imediato, mas deveria permanecer
nas instalações. Só por via das dúvidas. O Departamento de Defesa tinha
computadores, e programadores, e, na realidade, as primeiras verdadeiras
preocupações com a questão da data tinham partido de lá. Talvez o mauzão
tivesse estado a atrair procura antes de se ocupar da oferta.
Waterman e White puseram-se ao trabalho, mas Reacher deixou-se ficar no
gabinete. Ele e Sinclair, completamente sozinhos. Ela olhou para ele, de cima a
baixo, e atirou:
— Tem alguma pergunta que me queira fazer?
Reacher pensou: Já jantou? Sinclair trazia outro vestido preto, pelo joelho,
que se lhe colava ao corpo, de novo com meias de nylon escuras e sapatos bons.
Mais a cara e o cabelo, o estilo natural, penteado com os dedos. E sem aliança.