Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

Mas retorquiu:
— Acha mesmo que isto é alguma coisa que uns gajos que trepam cordas no
Iémen iam querer comprar?
— Não vejo porque não. Não deixam de ser sofisticados. De certa forma, o
preço comprova-o. Isso só pode ser apoio de uma empresa corrupta, ou
financiamento de um governo corrupto, ou então acesso ao capital de uma
família muito rica. E qualquer uma dessas possibilidades indiciaria uma
familiaridade com a modernidade, incluindo com certeza sistemas informáticos.
— Isso é uma profecia que se realiza a si mesma. Estão a querer convencer-
se disso.
— E onde é que quer chegar?
— Improvisar é bom. Mas entrar em pânico é mau. Estão a tentar agarrar-se
a qualquer coisa. E são capazes de não ter razão. O que aconteceu a não deixar
pedra por virar?
— E o major tem alguma outra sugestão viável de investigação?
— De momento, não.
— Que aconteceu em Hamburgo? — perguntou Sinclair.
— Pouca coisa — respondeu Reacher. — Vimos o apartamento. Como está o
iraniano?
— Está ótimo. Deu notícias hoje de manhã. Nada feito. Houve alguma
agitação ali a quatro ruas do prédio. Uma prostituta foi assassinada.
— Nós vimos isso — retorquiu Reacher. — Vimos uma data de coisas.
Incluindo demasiados destinos possíveis. Não podemos começar pelo extremo
oposto. Vamos ter de seguir o mensageiro do apartamento até ao encontro.
— Demasiado arriscado.
— Não há outra hipótese.
— O major podia encontrar o americano antes de se dar sequer o encontro.
Isso seria outra hipótese. E, provavelmente, uma hipótese melhor para todos os
envolvidos.
— Estão a pressionar-vos lá em cima.
— Sim, a administração teria todo o interesse em encerrar o assunto

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