Escola da Noite

E Reacher insistiu:
— A resposta é simples, meu coronel. A verdade pode pô-lo a salvo. Uma
palavrinha só e pode continuar a subir sem ficar com a reputação manchada. Ou
não.
Bartley respondeu:
— Vou quase todas as semanas.
— Incluindo no dia sobre o qual andam a fazer perguntas?
— Sim.
— Ainda tem o bilhete de avião?
— Sim.
— Chega depois do almoço e regressa a seguir ao jantar?
— Sim.
— E vai a algum banco?
— Sim.
— Com quê?
— Dinheiro, claro. Mas é todo meu. É tudo legal.
— E importa-se de explicar?
— O que acontece se o fizer?
— Depende do que seja. Depende se desrespeita ou não o uniforme.
— E se desrespeitar?
— É um risco que corre.
Bartley ficou calado.
E Reacher prosseguiu:
— Meu coronel, pense lá um pouco. É um tipo inteligente. De certeza que
tem uma pós-graduação. Não estamos a falar de uma coisa propriamente
complexa. As ordens para entrar neste carro vieram da Casa Branca, por
intermédio do estado-maior general. Logo, estamos ao serviço de quem?
— Do National Security Council.
— Que o pode prejudicar assim tanto?
— Muitíssimo.
— Nem imagina como. Vai ser um milhão de vezes pior do que um