® Piauí ed. 185 [Riva] (2022-02)

(EriveltonMoraes) #1

que uma ema mais sagaz talvez comente com a amiga: e ficamos nós aqui a pagar essa
conta.


BERMUDES


No artigo “Eu não existi” (piauí_180, setembro de 2021), vemos um senhor,
Sergio Bermudes, numa foto com uma estante de imponentes livros
encadernados (uma coleção de jurisprudências?). Devido à Covid, ele teria ficado
inconsciente por um ano. Vemos sua vida surgir no texto. Uma trajetória dentro do
exercício do direito no Rio de Janeiro. Seu gosto refinado, todos os seus discos de Ella
Fitzgerald, suas relações pessoais com ex-presidentes e artistas. E muita cultura com
demonstrações de erudição. De passagem, há a informação da sucessão na Academia
Brasileira de Letras. Dos candidatos, que agora foram eleitos, estão Gilberto Gil e
Fernanda Montenegro. Ficamos sabendo que nessa imortalidade operam influências e
forças tão terrenas.


Contudo, na seção Cartas do mês de outubro, o leitor Umberto Noce demonstra
indignação com a piauí por dar espaço àquele senhor que iguala o atual ocupante da
Presidência deste país a Lula. Pessoalmente, gostei do texto. Acho que essa revista tem
a ver com o mundo diverso (o leitor sugere que na publicação houve uma
demonstração da força das relações do personagem).


Mas diante de todas essas considerações, gostaria de dizer que concordo com o leitor:
houve jactância.


ANDRÉ LUIZ RESENDE DE SOUZA_BELO HORIZONTE/MG


NOTA FILOSÓFICA DA REDAÇÃO SÓ PARA DAR UM JEITO DE REPETIR A
PALAVRA “JACTÂNCIA”: Abstraindo-se do artigo em questão – esta nota é
impessoal –, nós aqui na redação ficamos nos perguntando se a tal da jactância (de
novo!) não faz parte da vasta experiência humana. E se faz, se ela não tem lugar nesse
tal “mundo diverso” sobre o qual devemos nos debruçar.


BOLA DE CRISTAL


“Quando será o golpe?” (de Jair Bolsonaro), pergunta André Petry, na piauí_178, julho
de 2021.

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