2 oswald de
andrade, escritor,
ensaísta e dramaturgo,
tinha um dom para
a provocação e a
polêmica – o que
ajudou na propaganda
dos modernistas. Seu
Manifesto Antropófago
propôs “devorar” o
que a cultura europeia
tem de melhor, dige-
ri-la e devolvê-la com
nossas próprias raízes.
1 mário de andrade^
era um polímata:
além de escritor, foi
musicólogo, historia-
dor de arte, crítico e
fotógrafo. Autor de
Macunaíma, romperia
sua longa amizade
com Oswald de
Andrade quando
este insistiu em pia-
das sobre a sexua-
lidade do poeta de
Pauliceia Desvairada.
3 villa-lobos, com-
positor e maestro, pre-
cisou ser convencido a
participar da Semana.
Mas foi muito aplaudi-
do. A exceção, cômica,
aconteceu quando,
por uma crise de ácido
úrico, apareceu com
um pé enfaixado,
mancando. A plateia
achou que fosse uma
“performance futuris-
ta” e vaiou sem dó.
4 graça aranha foi
autor de Canaã, marco
do nacionalismo na
literatura. De perso-
nalidade paradoxal,
foi pré-modernista ao
mesmo tempo em que
ocupava uma cadeira
na Academia Brasileira
de Letras. Apresentou
o grupo modernista
aos mecenas que pa-
trocinariam a Semana
de Arte Moderna.
5 paulo prado, per-
tencente a uma das fa-
mílias mais influentes
do Brasil, foi também
incentivador da arte.
Tanto que encabeçou
o grupo que arcaria
com as despesas do
evento – que só foi
uma “semana”, e não
um mês, por sugestão
de sua esposa, que se
inspirou na Semaine de
Fêtes, da França.
6 anita malfatti^
nasceu com uma defi-
ciência física: sua mão
direita era atrofiada
(ela até a cobria com
um lenço). Treinada
para usar a esquerda,
se tornaria uma das
principais pintoras do
Brasil, ao lado de sua
colega modernista,
Tarsila do Amaral. Foi
a grande pioneira da
arte moderna no país.
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