Ana Maria - Edição 1189 (2019-08-01)

(Antfer) #1
mama

Essa é a versão da
doença mais comum
entre as mulheres
de todo o mundo,
representando
quase 25% de todos
os casos da enfermidade.
Felizmente, o
tratamento evoluiu
muito e, quando
diagnosticado
precocemente, a chance
de cura é de 95%
Júlia Arbex

DE


A DOENÇA
As mamas são glândulas responsáveis, principalmente, pela
produção de leite. Quando suas células começam a se dividir
de forma desordenada, um tumor maligno pode instalar-se
nos ductos e nos lóbulos mamários. A doença, que acomete
mais as mulheres, tem como principais fatores de risco idade
avançada, exposição prolongada aos hormônios femininos,
excesso de peso, histórico familiar ou mutação genética.
Além disso, pode evoluir de diferentes formas. Isso se deve
às características próprias de cada tumor. Em geral, segundo
Manoel Carlos Azevedo, oncologista e integrante do Comitê
Científico do Instituto Vencer o Câncer, o primeiro sinal da
enfermidade costuma ser a presença de um nódulo único, não
doloroso e endurecido na mama. “Outros sintomas como
deformidade e/ou aumento da mama, retração da pele ou do
mamilo, vermelhidão, edema, dor e presença de líquido nos
mamilos podem aparecer também”, afirma.

DIAGNÓSTICO
“Em mulheres com menos de 40 anos e sem antecedente
familiar, o autoexame deve ser feito mensalmente. Após os 40
anos, além do autoexame, a mulher deve realizar a mamografia
a cada dois anos e anualmente em casos de alto risco. Em
pacientes com duas parentes de primeiro grau (mãe/irmã) com
câncer de mama, o indicado é a realização de uma avaliação
genética (genes BRCA1, BRCA2)”, explica Gustavo Traballi de
Carvalho, ginecologista e especialista em mastologia do Hospital
São Francisco, de Mogi Guaçu. O autoexame não detecta
somente o câncer de mama em um estágio mais avançado. As
mulheres que estão acostumadas a fazê-lo e que conhecem bem
as próprias mamas detectam tumores até em fases iniciais.

CONHEÇA
SEU CORPO
Como o autoexame ajuda
a diagnosticar tumores
em estágios relativamente
iniciais, os especialistas
afirmam que não devemos
ter medo nem vergonha
de nos tocar, pois
conhecendo nosso próprio
corpo, ajudamos o médico
a achar alguma alteração.
Mas o autoexame não
descarta a consulta com
o mastologista, viu? Isso
porque existem alguns
tumores que não são
palpáveis. Caso a mulher
(ou mesmo homem, que
também pode ter câncer
de mama) sinta algum
nódulo, apresente saída de
secreção pela papila (bico
do peito) e/ou apalpe
linfonodos (caroços) na
região da axila, deve
procurar um especialista
para melhor avaliação.
Qualquer que seja a queixa
da paciente deve ser
valorizada e merece, sim,
uma avaliação médica.

SOBRE A
MASTECTOMIA
Os principais tipos são:
total, poupadora de pele e
adenomastectomia. Para
a escolha do modelo de
cirurgia adequado para o
caso em questão, leva-se em
consideração vários fatores – e
cada um tem sua indicação
em relação ao tipo de câncer,
tamanho e localização do
tumor, número de nódulos
nas mamas, entre outras
variações individuais de cada
paciente. “Graças ao diagnóstico
precoce do câncer de mama,
esse tipo de cirurgia tem
indicações precisas, fazendo
com que a retirada parcial
da mama (setorectomia/
quadrantectomia) seja mais
utilizada atualmente”, diz
Kathryn. O SUS garante às
mulheres mastectomizadas
o direito de ter sua mama
reconstruída no mesmo ato
cirúrgico. Caso a paciente não
queira fazer imediatamente
ou não tenha indicação médica,
ela pode realizar quando se
sentir segura.

PARA DIMINUIR A CHANCE...
... de ter a doença, Kathryn Müllen Assis,
mastologista que atende no SUS pelo Hospital
Ibiapaba CEBAMS, recomenda alimentação saudável,
evitar consumo de bebidas alcoólicas, praticar
atividade física regularmente e amamentar.

TRATAMENTO
As formas de tratamento variam conforme o
tipo e o estágio do câncer. Os mais
comuns são: quimioterapia (uso de medicamentos
para matar as células malignas), radioterapia
(radiação), hormonoterapia (medicação que bloqueia
a ação dos hormônios femininos) e cirurgia,
que pode incluir a remoção do tumor ou
mastectomia (retirada completa da mama).

CÂNCER


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Saúde

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