Ana Maria - Edição 1189 (2019-08-01)

(Antfer) #1
Descobri o câncer de mama em outubro de 2014,
aos 37 anos de idade. Em dezembro do mesmo
ano, passei pela cirurgia de mastectomia e foi
retirada minha mama esquerda. Em fevereiro
de 2015, fiz 18 sessões de quimioterapia. Fiquei
carequinha. Em 2016, quando o tratamento acabou, veio a notícia de
que havia nódulos na mama direita. Os médicos acharam melhor retirá-
la também. Hoje, faço acompanhamento a cada seis meses e estou no
processo de reconstrução da mama. Com tudo que enfrentei, digo que
nós somos muito mais fortes do que qualquer doença. Além de seguir as
recomendações médicas, ter fé e pensar positivo, ficar junto das pessoas
que amamos é essencial para não deixarmos a peteca cair.”

“Minha irmã descobriu a doença aos 34 anos.
Acompanhei toda a trajetória dela e viajava
constantemente para visitá-la. Depois de 11 anos,
fui eu quem foi diagnosticada com câncer de mama:
fiz quimioterapia e mastectomia dupla. Um ano e
meio depois, tive recidiva da doença e fiz novamente quimioterapia. Se
precisasse passar por isso tudo de novo, eu passaria, pois a doença me
trouxe uma profunda gratidão e felicidade pela vida. Esses sentimentos
foram peça-chave para a decisão de fundar o Intituto Protea, uma
organização não governamental, sem fins lucrativos, voltada para dar
acesso ao tratamento gratuito do câncer de mama a pacientes de baixa
renda. O Protea, em parceria com hospitais, conta com mastologistas e
oncologistas no conselho médico para facilitar e ampliar o acesso aos
recursos médicos e diminuir o tempo de espera
pelo tratamento, multiplicando as chances de
cura de quem tem a doença.”

“Em 2002, aos 30 anos, um líquido parecido
com sangue começou a sair do bico do meu
seio direito. Como as festas de final de ano
estavam próximas, não quis investigar. Em
janeiro adiei mais uma vez minha ida ao médico
porque ia fazer aniversário. Fiz os exames em fevereiro. Não havia
nódulo, mas células cancerígenas. Estava no estágio 1. Passei por
uma quadrantectomia, em que foi removido um quarto da mama, 33
sessões de radioterapia e três cirurgias. Em cinco meses, estava bem.
Depois disso, fazia exames de controle a cada seis meses. Cinco anos
depois, o câncer voltou, só que mais agressivo: estava no grau 3. Retirei
todo o seio, fiz quimio e fiquei careca. Questionava: “por que eu?” Mas
conforme as coisas aconteciam, eu perguntava “por que não eu?” Afinal,
a gente se acha merecedor somente das coisas boas. Hoje, aos 47 anos,
estou muito melhor do que quando tinha 25. Eu me gosto mais. O que
faria de diferente? Choraria mais. Precisamos ser
honestos com o que estamos sentindo. Você tem
fé? Reze. E aceite ajuda.”

Ana Henriqueta Consolmagno, 42 anos, de São Bernardo do Campo (SP)

Andrea Ferraz Mesquita, 47 anos, de Piracicaba (SP)

Ana Gabriella Antici, 52 anos, do Rio de Janeiro (RJ)

PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE: WWW.PROTEA.ORG.BR

HISTÓRIAS


de quem venceu a doença

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