Veja São Paulo - Edição 2646 (2019-08-07)

(Antfer) #1

PONTO DE PARTIDA As distrações do mun-
do não estão sendo mais suficientes para
segurar a onda das pessoas. Todo mundo
aprendeu a pular de meta em meta, sempre
suscetível a conseguir ou não atingir aquele
objetivo. Fica uma sensação de “não era tu-
do isso”. Sem modificar o jeito de ver, não dá
para mudar de sensação. Aqui surge um
gentil convite para trocar de perspectiva.


OBJETIVO NA VIDA Propósito virou palavra
da moda hoje em dia, daí o fato de sua com-
preen são poder ficar vaga. Mas descobrir
um propósito verdadeiro e constante, que
não tenha a ver com as conquistas do mun-
do, é a única forma de estar motivado. Só é
possível se sentir realizado com base em
sua realidade, não a partir das imaginações.
Antes de tudo, é preciso entrar em contato
com a existência.


RELEMBRANÇA NECESSÁRIA Olhando de
verdade para as pessoas, é muito fácil enxer-
gar beleza em todas. A gente se apaixona
muito facilmente. Por mais que alguém tome
uma atitude considerada inadequada, dá
para perceber ali uma criança inocente que
está confusa. É como se você fosse buscar o
seu filho que está brincando na chuva. Mes-
mo que o encontre totalmente cheio de bar-
ro, você sabe que é só lavá-lo. O relaciona-
mento serve para nos lembrar da vida e tro-
car a ausência pela presença.


DESFAZER-SE DOS CONDICIONAMENTOS
A felicidade é um estado natural, mas todos
estão distraídos desse estado. Basta tirar os
condicionamentos que foram estabelecidos
para a pessoa desvendar quem ela é, sempre
foi e será: calma, em paz. O autoconheci-
mento é um processo de encontrar o que
fica escondido por trás das ideias.

NÃO JULGAMENTO Quando Descartes che-
gou ao “Penso, logo existo”, firmou-se em
algo indubitável: se eu sou capaz de pensar,
eu existo. Mas a minha existência antecede
o que eu penso, não depende disso. Todo
passar mal vem de um pensamento. Por que
os sábios praticaram tanto a meditação?
Porque, quando você para de pensar, apare-
ce você. É preciso cessar os julgamentos que
ficam perturbando a sua cabeça. O segredo
da felicidade é o não julgamento.

COMUNICAÇÃO NO LUGAR DO ISOLA-
MENTO As pessoas aprenderam a preservar
uma individualidade que as deixam solitá-
rias. Toda sensação de tristeza vem justa-
mente da falta de conexão entre as pessoas.
Uma interação baseada em qualquer assun-
to vira conversa vazia. Eu, que existo, procu-
ro você, que existe, por trás de todos os
pensamentos. Desse contato, será que va-
mos descobrir que a nossa matéria-prima
não era diferente como pensávamos? Esse
é o caminho da comunicação.

PEGADINHA DO SACRIFÍCIO Há uma cren-
ça que tem de ser revertida: a de que o sa-
crifício pode trazer felicidade. Felicidade é
algo que se conquista eliminando a culpa e
o sofrimento, em vez de valorizá-los. Quan-
do você entra num trabalho de reconheci-
mento da sua natureza, descobre que é um
estado de amor.

FASES DA TRANSCENDÊNCIA O processo
de reassumir sua condição amorosa costu-
ma passar por etapas. No começo, você
chuta o balde. Depois, percebe que a sua
mente está no comando das ações e come-
ça a escolher: será que eu quero chutá-lo?
Na sequência, talvez você fique olhando
para o balde com o pé coçando, mas decida
não chutá-lo. Tem uma hora que você não
enxerga mais o balde. As justificativas para a
raiva acabaram e você só sente gratidão.

PRESENÇA TOTAL A vida não é dividida em
dias ou atividades. Eu, que sou a vida, posso
fazer mercado, dirigir, tomar banho, ir ao
banco, até levar uma fechada no trânsito,
não importa. Tudo vira uma oportunidade
de relacionamento e elucidação. Fazer com
que as pessoas relembrem da vida que está
sempre presente nelas é um propósito ver-
dadeiro que torna todos os dias prazerosos.
Somos um meio de comunicação, somos
um acesso ao amor. E isso é muito útil, vita-
lizante e motivador.

Kaw Yin e Yan Yin são fundado-
res da escola de consultoria exis-
tencial Coexiste e autores do
e-book A Sua Real Motivação
Está no Seu Verdadeiro Propósi-
to. Eles acordam todos os dias
dispostos a ensinar o discerni-
Motivação para todo dia mento entre o real e o imaginário.

A TAL FELICIDADE
Kaw Yin e Yan Yin

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MARCO BOTTIGELLI/GETTY IMAGES

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