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o leite materno – que teriam potencialidades antidepressivas:
pelo menos nos ratos, como demonstrou em 2010 a equipe
dirigida pelo farmacologista irlandês John Cyran, da Universi-
dade College de Cork.
Os cientistas separaram filhotes de rato das respectivas
mães, provocando forte estresse nos animais; como conse-
quência, o nível de interleucina 6 em seu sangue aumentou,
enquanto caiu o nível do neurotransmissor noradrenalina no
tronco cerebral, exatamente como
ocorre em pessoas com depressão.
Esses roedores tinham tendência à
depressão, como revelou um teste
comum: se eram colocados em uma
banheira com água, permaneciam na
superfície menos tempo que os ani-
mais de controle, não estressados.
Mas algo diferente ocorria com os
filhotes de rato cujo alimento havia
sido enriquecido com a bifidobac-
téria. Os roedores nadavam energicamente na banheira e,
além disso, seu nível de IL-6 e de noradrenalina era nor-
mal. Um estudo posterior realizado pelos mesmos pesqui-
sadores irlandeses demonstrou que o alimento probiótico
favorecia o aumento do fator de crescimento neural BDNF
no hipocampo, estrutura importante na aprendizagem, e em
média menor nas pessoas com depressão.
John Cyran e seus colegas visaram também os Lactobacillus
rhamnosus, bactéria que produz ácido lático. Nesse caso, os
pesquisadores demonstraram pela primeira vez em 2011 que
os microrganismos intestinais enviam sinais do abdômen ao
Os milhares de seres
minúsculos que
hospedamos dentro
de nós têm lugar
estável no delicado
sistema capaz de
contribuir para o
equilíbrio entre corpo,
mente e emoção
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