à imaturidade cognitiva. Já as
crianças de 2 anos memori-
zam eventos por mais tempo.
No lugar de lembranças de
apenas um dia, recordam coi-
sas experimentadas um ano
antes. A maior capacidade de
memorização coincide com a
aquisição progressiva das no-
ções de eu (aos 8, 9 meses),
de tempo e espaço. Para Oa-
kes, bebês captam e entendem grande parte de informações
que recebem, mas não as absorvem por completo.
Os experimentos de Bauer incluíram testes com blocos
ilustrados e medições eletrofisiológicas. Após observar como
eram montados, os bebês imitavam a tarefa. A partir de então,
recebiam os mesmos objetos. O objetivo era testar a duração
da memória e até que ponto retinham a informação sobre a
montagem do jogo. Já Oakes, levando em consideração que
os bebês tendem a se ater mais a coisas novas que a conhe-
cidas, mediu o interesse por objetos; quanto tempo retinham
na mente aqueles anteriormente apresentados.
Segundo Lia Bevilaqua, do Centro de Memória do Instituto
de Pesquisas Biomédicas da Pontifícia Universidade Católi-
ca do Rio Grande do Sul (PUC-RS), isso demonstra que, ao
contrário do que se acreditava, crianças com menos de 1 ano
têm capacidade de evocar memórias episódicas e autobio-
gráficas, e ao final do segundo ano de vida a habilidade para
formar e expressar memórias de longa duração já está quase
completamente desenvolvida.
desenvolvimento infantil
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