C
onhecido como “hormônio do amor, a oxito-
cina favorece a criação de vínculos, deflagra
sentimentos de confiança e fortalece a ligação
da mãe com seu bebê. Mas também pode ter
efeito bastante adverso: pode contribuir para aumentar
sentimentos negativos, como inveja, desejo de vingança
e satisfação com o sofrimento daquele que nos fez mal. A
constatação vem de um estudo desenvolvido por pesqui-
sadores da Universidade de Haifa, em Israel.
Durante o experimento, 59 voluntários participaram de
um jogo que prevê ganhos e perdas monetárias. Os pesqui-
sadores perceberam que os participantes do experimento
sentiam mais inveja depois de serem derrotados por um
oponente virtual se tivessem recebido uma dose de oxi-
tocina. Os integrantes do grupo que usou placebo tiveram
essa reação bastante atenuada.
A oxitocina também impulsio-
nou sentimentos de prazer com
o infortúnio alheio quando as
pessoas ganharam mais dinhei-
ro que seu oponente. “Esse hor-
mônio não enfatiza apenas emo-
ções pró-sociais, que entende-
mos como positivas; tem efeito
sobre sentimentos em geral e
age de acordo com a situação
em que a pessoa se encontra”,
diz a especialista em cognição
neuroquímica
Estudos anteriores
feitos com animais já
mostraram esse “efeito
duplo; fêmeas de
ratos que receberam
uma infusão da
substância no cérebro
foram mais agressivas
com os intrusos da
mesma espécie
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