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PETRÓLEO TEM MAIOR ALTA EM 7 ANOS


Banco Central do Brasil

Jornal O Globo/Nacional - Economia
Wednesday, March 2, 2022
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Autor: JOÃO SORIMA NETO*


A escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia atingiu em
cheio o mercado de petróleo. As sanções impostas pelo
Ocidente ao governo de Vladimir Putin tentaram deixar
de fora os setores de óleo e gás, uma vez que o país é
responsável por 7, 5% das exportações mundiais. Mas
não foi o que se viu ontem. A cotação do Brent subiu 7,
14%, para US$ 104, 97 o barril, no contrato em maio, a
maior alta em sete anos.


A Agência Internacional de Energia (AIE) anunciou a
liberação de 60 milhões de barris de petróleo que fazem
parte da reserva estratégica dos EUA e de outros
países para evitar a escalada de preços, mas a ação
não surtiu efeito. Foi a quarta vez na História que uma
ação articulada pela AIE foi adotada para elevar a oferta
de óleo. À última havia sido em 2011, durante a guerra
civil na Líbia.


'A situação no mercado de energia é muito séria e exige
nossa total atenção', disse Fatih Birol, diretor da ATE
em declaração no site da instituição. 'A segurança
energética global está sob ameaça, colocando a


economia global em risco durante fase frágil de
recuperação'. A disparada do preço da commodity deve
provocar aumento da inflação nos países que
compramo produto, ameaça a recuperação da
economia e piora do custo de vida.

Segundo relata o Wall Street Journal, em um sinal de
que a turbulência no mercado deve continuar, refinarias
ontem se recusaram a comprar petróleo russo e os
bancos se negaram a financiar a operação. Citando
depoimentos de banqueiros, executivos e
comercializadores, o jornal afirma que o temor é entrar
em conflito com as diferentes regras previstas nas
sanções ao país ou que o petróleo seja o próximo passo
no cerco financeiro ao governo de Vladimir Putin.

Compradores já enfrentam dificuldades com
pagamentos e disponibilidade de navios devido a
sanções, com a BP cancelando o carregamento de óleo
combustível de um porto russo do Mar Negro.

Ao menos duas grandes comercializadoras não
conseguiram fechar contratos ontem envolvendo
petróleo de Moscou, diz o WSJ. Segundo analistas, por
ora, o país segue exportando o mesmo que antes da
guerra, mas a tendência é de queda no fluxo adiante
uma vez que as remessas tenham sido entregues. O
comportamento representa uma reviravolta, à medida
que União Europeia e EUA adotaram medidas para
deixar de fora petróleo e gás das sanções.

PREÇO-ALVO DE US$ 115

A Rússia exporta de 4 milhões a5 milhões de barris por
dia de petróleo bruto e 2 milhões a 3 milhões de
produtos refinados. Analistas ponderam que a Rússia
poderia reduzir a oferta de petróleo como forma de
responder às sanções, o que colocaria pressão sobre os
preços. O banco Goldman Sachs divulgou relatório
estimando que o preço-alvo para o petróleo subiu para
US$115 por barril no curto prazo.

Para Shin Lai, analista da Trígono Investimentos, a ação
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