conta ela, que vive mais um suces-
so como a mãe judia Ester, em Ór-
fãos da Terra, da TV Globo.
- É divertido fazer a Ester?
- Ela é uma mãe obssessiva, que
quer comandar a vida do filho. Eu
acho muito divertido porque ela
faz umas coisas que não têm ne-
nhum sentido. Rio muito com ela. - E o que a mãe Nicette tem
em comum com a personagem? - Nada! A não ser o amor. Por-
que ela, com tudo isso, ama aque-
le filho perdidamente. E eu tam-
bém amo meus filhos de uma
forma muito intensa. - Você parece ser mais amiga
do que mãe... - Eu e Paulo sempre fomos as-
sim. Ele dizia: “antes de ser pai, sou
seu amigo”. Como sempre, tive-
mos uma vida muito irregular, com
horários diferentes, isso foi impor-
tante. Nossa profissão nos obriga,
às vezes, a estar ausente, mas ape-
nas fisicamente. - Eles não deram trabalho?
- Nunca! Sempre foram maravi-
lhosos. Sempre nos ajudamos. O
que um precisa, o outro cobre por-
que, acima de tudo, existe amizade
e afinidade entre nós. - Fisicamente, vocês também
são todos muito parecidos... - Todos falam isso, mas a gen-
te não percebe. (risos) Temos
personalidades tão diferentes
que não percebemos a seme-
lhança física. - Seus filhos seguiram carreira
artística. Foi influência dos pais? - Desde pequenos, eles demons-
traram vocação, mas tínhamos,
sim, a preocupação de que fossem
fruto do meio ambiente. Mas todos
“Todos falam
que somos muito
parecidos, mas a
gente não percebe.”
O amor à arte também
une a família. “É difícil,
mas fazemos com tanto
amor que superamos as
dificuldades”, explica
ela, sempre talentosa.
“Em comum
com a Ester, só
tenho o amor
pelos filhos.”