Cláudia - Edição 695 (2019-08)

(Antfer) #1

P


Eu e você


Foto

Guilherme Lima

Donas do pedaço


roduzir uma revista é um trabalho que,
pela dinâmica do processo, nos faz ler vá-
rias vezes a mesma reportagem. Entre a
primeira versão e a final, a que chega até
você, são necessárias diversas revisões
para ajustes, correções e mudanças. Cos-
tumo brincar que, quando me emociono com algo em
CLAUDIA, me emociono – no mínimo – três vezes.
Conto isso porque, no mês passado, publicamos uma
matéria sobre como transformar a frustração em força
para agir. E lembro que, ao ler e reler o texto, parei re-
petidamente para admirar o significado de resiliência,
descrito pela neuropsicologia como a habilidade que
uma pessoa tem de se fortalecer enquanto enfrenta
uma situação adversa. Mal sabia eu quanto essa pa-
lavra me voltaria à alma nesta edição e quanto eu iria
refletir novamente sobre ela. É impossível não se emo-
cionar com a história de Junia Cristina Fernandes,
mãe da Maju, uma linda e delicada menina borboleta,
que contamos na seção “Páginas da Vida”. Em lágri-
mas, após ler o texto pela primeira vez, me perguntei
de onde Junia e Maju tiram tanta força para seguir
valentes contra a rara doença da pequena. Aí me re-
cordei da descrição perfeita de resiliência e cheguei à
conclusão de que talvez só mesmo dores tão profundas
sejam capazes de gerar tamanha fortaleza. Leia e veja
se você também não vai se questionar.

Outro exemplo de resiliência vem das sensacionais
jovens que reunimos em “Jogue como uma garota”, as
maravilhosas meninas gamers. Ao mesmo tempo que fi-
camos indignadas com o preconceito, o assédio e as bar-
baridades que elas sofrem no universo dos videogames,
nos enchemos de orgulho em ver como elas enfrentam
o machismo. É um mundo brutal com as mulheres, mas
elas não se intimidam. Decidiram não se esconder mais
em pseudônimos, assumindo suas identidades femini-
nas. Virei fã de todas!
E, se é para celebrar a obstinação, nada melhor do que
ter a intérprete de Maria da Paz com a gente. Juliana Paes
é um mulherão alto-astral que ilumina o ambiente. O
sorrisão é do tamanho da energia que ela transmite à per-
sonagem e empenha na vida. O bate-papo com a editora
Isabella D’Ercole prova que ela herdou da mãe, Regina,
o gene para os negócios. Assim como a boleira, Juliana
é uma batalhadora, merecedora de tudo que conquistou
como atriz e empreendedora. Não é à toa que a novela é
um sucesso. Na alquimia de texto, atriz e personagem, o
que vemos no ar é uma mistura de Juliana e Maria, uma
simbiose que nos é familiar ao representar a força de tan-
tas mulheres brasileiras, que todas nós conhecemos.
Um beijo,
GUTA NASCIMENTO,
diretora
[email protected]
@gutanascimento

Eu e Isabella fomos
contagiadas pelo
sorrisão de Juliana

10 claudia.com.br agosto 2019

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