Cláudia - Edição 695 (2019-08)

(Antfer) #1

102 claudia.com.br agosto 2019


É bem provável que esse sentimento já


tenha incomodado você hoje. Afinal, com


tantas expectativas sobre as mulheres, ele é


recorrente. Mas precisa ser repensado – e já!


TEXTO BRUNA CAROLINA CARVALHO

Vida prática


CHEGA DE


1


DIFERENCIE CULPA DE
RESPONSABILIDADE
Antes de sair por aí se considerando culpada
por algo, avalie qual a sua real responsabilidade
sobre aquilo. O desfecho da situação seria
diferente se você tivesse agido de outra forma?
“Às vezes, a culpabilização impede que a pessoa
tire aprendizados dos próprios atos”, afirma
a psicanalista Sandra Niskier Flanzer. Analise
suas atitudes evitando encará-las com olhar
crítico excessivo ou até mesmo inocente.
Não é questão de certo e errado, mas de
avaliação do seu comportamento para que
ele não se repita caso seja negativo.

uantas vezes você se sentiu culpada hoje?
Seja por não ter dado atenção suficiente
às demandas dos filhos, por ter dormido
demais e se atrasado para uma reunião
importante, seja por ter escapado da dieta.
A culpa é uma certeza. Isso porque, em
prol da vida em sociedade, abrimos mão de
alguns desejos individuais e estabelecemos regras e leis.
“O sentimento surge quando transgredimos esses limites
sociais, rompendo esses acordos. Em outras palavras,
vem da possibilidade de devermos ao outro”, explica a
psicanalista Sandra Niskier Flanzer, do Rio de Janeiro.
É claro que a culpa atinge a todos. A diferença é que as
mulheres costumam expressar mais aquilo que sentem.
E, em uma cultura que cobra delas que sejam boas mães e
esposas, que se mantenham belas e jovens e que conciliem
tudo isso com sucesso profissional, não surpreende que
seja impossível o cumprimento de todos esses quesitos com
perfeição. Daí surge a sensação de que estão falhando. A
crítica repetitiva é extenuante. Portanto, para a vida ser
mais leve, procure refletir e entender mais sobre a sua
culpa. Especialistas indicam o caminho.

CULPA


Q

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