12Manual do Construtor Editora Provenzano
Além dos possíveis danos causados pelo tempo, o usuário se esquece
também de que está adicionando equipamentos e que a instalação
pode não estar preparada para alimentá-lo. A norma não esta-
belece prazos para a revisão da instalação elétrica, mas os usuários
devem estar sempre atentos às anormalidades.
Nas reformas, os aspectos de segurança devem ser avaliados
primeiro. “De uma forma geral, é necessário verificar o estado
dos condutores e dos dispositivos de proteção. Dependendo
do tipo de reforma, se for uma ampliação, por exemplo, verifique
se os alimentadores existentes possuem capacidade de condução
para as novas cargas. Além disto, deve-se calcular se as novas
quedas de tensão estarão dentro dos valores permitidos”,
comenta Sueta. O técnico deve mostrar ao seu cliente que é
melhor trocar toda a instalação. “Misturar circuitos antigos a
novos pode trazer problemas. Já que a intervenção vai ser feita,
opte por trocar tudo, não corra riscos de trabalhar com materiais
já desgastados”, finaliza Campos.
Quando a proposta for modernizar o sistema elétrico, o
eletricista deve avaliar as peculiaridades de cada caso. “Por
exemplo, em uma instalação dimensionada em uma época que
a demanda de equipamentos eletroeletrônicos não era tão
grande, deve-se considerar não apenas o projeto, mas também
as etapas de execução e as estratégias, visando diminuir ao
máximo os transtornos aos moradores”, afirma Caires. Todo o
projeto deve ser revisto para atender às exigências da última
revisão da norma.
Disjuntor em instalação industrial que passou por retrofit
executado pela Schneider Eletric
Antes Depois
Retrofit e modernizações
“O retrofit é uma solução para clientes que precisam
fazer alterações em curto espaço de tempo sem
prejudicar suas operações”, diz Salgueiro. Bastante
utilizada em projetos industriais, esta técnica atinge
equipamentos, como luminárias, disjuntores,
contactores e painéis, que são substituídos sem
prejudicar de maneira rápida e precisa.
Já a modernização das instalações passa pela linha de
comandos inteligentes. Em um único ponto, pode-se
programar equipamentos eletroeletrônicos, iluminação,
climatização e até mesmo o sistema de segurança. “Estes
sistemas proporcionam um consumo racional de energia
ao detectar, através de sensores de presença ou de
luminosidade natural, se pode apagar ou acender luzes
automaticamente”, orienta a equipe da BTicino.
Fotos: Divulgação