Viaje Mais - Edição 219 (2019-08)

(Antfer) #1

162 VIAJEMAIS


CACHAÇA E CACHOEIRAS NA ESTRADA PARATY-CUNHA


S


ubindo pela SP-171, a estrada que se-
gue para Cunha, Paraty deixa de ser um
tranquilo balneário litorâneo para se trans-
formar em autêntica estância turística de
montanha, com cachoeiras e chalés debru-
çados para as encostas verdes da Serra do
Mar. É incrível como a paisagem muda tão
radicalmente em questão de minutos, até
mesmo no clima. A temperatura é sempre
mais amena no trecho da serra. Há muitas
cachoeiras para visitar neste pedaço, todas
com acesso bem fácil por trilhas curtas. É
o caso da Cachoeira do Tobogã, o Poço
do Tarzan e a Cachoeira da Pedra Branca.
A região da Paraty-Cunha também guar-
da diversos alambiques artesanais, como

a Paratiana, a Engenho D’Ouro e a Pedra
Branca. Esses engenhos são parte de uma
longa tradição na produção de cachaças re-
conhecidas nacionalmente pela qualidade.
Aguardentes como Maria Izabel e Coqueiro
fazem bonito em qualquer restaurante grã-
-fino do País. O engenho mais antigo é o
Coqueiro, em funcionamento desde 1803.
Já no Engenho Pedra Branca são produzidas
cachaças finas envelhecidas por até quatro
anos em barris de carvalho francês. Bem
tradicional é a invenção local batizada de
Gabriela Cravo e Canela, uma infusão de
cachaça com cravo e canela, adoçado
com melado de cana. Aproveite para
molhar a garganta.

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QUANDO IR
Entre maio e outubro chove menos e os preços
nas pousadas estão mais em conta. É o perío-
do também dos principais eventos da cidade.
A Festa Literária de Paraty (a Flip) acontece em
julho. Agosto tem o Festival da Cachaça. Em
setembro, rola o Paraty em Foco, principal fes-
tival de fotografia do Brasil. Já o verão, embora
seja uma boa época para pegar praia e para
mergulhar, é o período mais chuvoso também.

COMO CHEGAR
Paraty fica a 330 km de São Paulo e 265 km
do Rio de Janeiro, às margens da rodovia BR-
101, no trecho conhecido como Rodovia Rio-
Santos. O acesso mais bonito é pela SP-171,
que liga Cunha à cidade, cruzando a área do
Parque Estadual da Serra do Mar.

ONDE COMER
Banana-da-Terra – Há anos é o mais
celebrado restaurante de Paraty, comandado
pela chef Ana Bueno. Peixes e frutos do mar
são especialidades, mas sempre em receitas
bem inventivas. Vegetarianos vão gostar da
moqueca de banana da terra com palmito
pupunha.
Quintal das Letras – O restaurante da
Pousada Literária também atende não-hós-
pedes, mas é bom fazer reserva porque ele
vive lotado. A moqueca de peixe é especial.
Thai Brasil - De culinária tailandesa e
com ambiente colorido e alegre. Prove a lula
grelhada ao molho de ostra, nirá, cebola e
manjericão tailandês.
Casa do Fogo - Intitula-se um “bistrô
de flambados” e serve pratos como os cama-
rões e legumes flambados com carambolas e
perfume de abacaxi.

Passeios
Do cais de Paraty, as escunas e
traineiras partem todos os dias às 10h da
manhã nos mais diferentes roteiros, para
retornar por volta das 16h. A partir da Praia
Grande, lanchas levam às ilhas mais pró-
ximas: Ventura, Comprida e do Araújo. Da
Praia de São Gonçalo, há um serviço de
travessia para a Ilha do Pelado e Ilha do
Peladinho. Passeios de caiaque no Saco do
Mamanguá e caminhadas por trilhas que
levam às praias desertas são organizadas
pela Paraty Explorer – (24) 99952-4496.

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A Cachoeira da Pedra
Branca, acesso fácil a partir
da estrada Paraty-Cunha

Barris de carvalho onde
envelhece a cachaça do
engenho Paratiana
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