VIAJEMAIS 41nascido em terras espanholas, dese-
nham aqui curvas suaves ao longo de
pouco mais de 200 km de terras por-
tuguesas até encontrar o Atlântico.
Pelo caminho, singram vales profun-
dos, vencem montanhas escarpadas
e escoltam os famosos vinhedos que
dão origem a uma das mais famosas
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nobre vinho do Porto, cuja história
se confunde com a própria história
de Portugal nos últimos séculos.
Na segunda metade do século 17,
graças à rivalidade entre os chama-
dos Impérios Marinhos do Norte,
os ingleses passaram a privilegiar os
produtos ibéricos em detrimento dos
franceses. Para ajudar a conservar o
vinho durante as longas viagens de
navio, os produtores começaram a
acrescentar uma espécie de aguar-
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já na Inglaterra, perceberam que o
vinho tinha o sabor alterado. Nas-
cia assim uma bebida com elevado
teor alcoólico, geralmente adocicada,
e com uma grande persistência de
aroma e sabor. Em 1703, o Tratado
de Methuen reduziu os impostos
nas transações entre Portugal e a
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cado deslanchar. Em pouco tempo,NÃO PERCA
OS MIRANTES!A
s estradas da região do Douro são far-
tas em belíssimos mirantes, ou mi-
radouros, como dizem os portugueses.
Ajuste o seu navegador e não perca o de
São Leonardo de Galafura, nos arredores
de Peso da Régua, onde o Rio Douro
compartilha suas curvas com a Serra do
Marão. No miradouro Casal de Loivos, a
5 km de Pinhão, está uma das mais belas
paisagens do Douro, com o rio serpente-
ando entre as montanhas íngremes. Já o
miradouro do Alto das Vargelas – fazendo
um desvio para a estrada EM-541 – está
a 2 km de Vale de Figueira. “Quem subir
ao alto de Vargelas ficará com a certeza
de que chegou ao ponto mais belo do
céu. O Douro visto daquele píncaro é o
Paraíso prometido em todas as lições de
catequese”, escreveu o escritor portu-
guês Francisco Moita Flores no romance
A Fúria das Vinhas.