- Pois não? – perguntou o atendente, com voz que dava a entender que ele estava
prestes a se resfriar. - Preciso de cinco câmeras de vigilância.
- Cinco? Não é pouca porcaria, não. – Um sorrisinho, que logo sumiu.
- Todas a bateria – continuou Marcus. – Com conexão para iPhone.
- Internas ou externas?
- Externas. Que gravem dia e noite.
- É claro. Qual seria a distância de operação? São para colocar logo acima de
porta ou...?
Marcus pensou a esse respeito. Quanto poderia aproximar-se? Os abrigos para
mulheres deviam ter vigilância própria, disso não havia dúvida. Assim, não poderia
filmar de muito perto. - Só um instante. – O atendente pigarreou, incomodado com o resfriado, e se
concentrou na tela do monitor. – Olhe – disse.
Marcus já se dispunha a dar a volta ao balcão, mas o outro girou ligeiramente o
monitor para que os dois pudessem ver. - Você vai precisar das câmeras para quando?
- Para hoje. Agora mesmo.
- OK. Então essa aí, não – murmurou para si mesmo. – Mas acho que temos esta
outra em estoque. É a AB 335. É uma câmera Dome. À prova d’água. Para uso
externo mesmo. Aguenta até 10 graus abaixo de zero. Bem fácil de montar. Buchas,
parafusos, vai tudo incluído. E pesa pouquinho, só 700 gramas. Resolução boa, 540
linhas. Grava até 25 metros, com abertura de até 140 graus. Afinal, a gente não quer
ver só ladrão. Hoje todo mundo quer vigiar todo mundo. A mulher, a namorada, o
vizinho; a gente quer saber o que eles andam aprontando. - E você tem cinco em estoque?
- Tenho, sim.
- E dá para monitorar esse modelo pelo iPhone?
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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