num velho paquiderme, grande, um que havia sido muito forte a vida toda, mais
forte que os outros, que tinha tido força e vigor para fazer o necessário – defender
–, mas que sabia que tudo tinha acabado e que ninguém poderia achar seu corpo
sem vida. Não, o lugar onde Marcus desapareceria seria um mistério, como aquele
para onde iam os velhos elefantes. Subiu o zíper da jaqueta. Passou um táxi, que não
quis saber da mão levantada. O seguinte parou. Marcus sentou atrás do motorista.
- Para onde, chefia?
- Sydhavnen.
Marcus fechou os olhos. Pensou em Eva. Isso o reconfortou.