Dossiê Superinteressante - Edição 406-A (2019-08)

(Antfer) #1
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em março de 2018, sua Força Aérea ha-
via matado 86 mil pessoas – segundo o
governo de Moscou, todas ligadas, de
alguma forma, aos grupos que fazem
oposição ao governo. Ao todo, foram
39 mil missões no país, que destuíram
120 mil alvos.
Com apoio russo, o governo local,
que vinha perdendo o contole de parte
expressiva do território sírio, recuperou
uma série de áreas, incluindo Alepo e
faixas de fronteira com Israel e Jordânia.
Para garantr essa recuperação a Assad,
Moscou enviou desde os tadicionais
caças Su-25 até os bombardeiros Tu-
polev-160 (também utlizados pela Ve-
nezuela) e Su-34, o principal avião de
ataque de longo alcance do país, que
começou a ser desenvolvido na década
de 1980, mas só entou em operação em


  1. Também foram utlizados helicóp-
    teros de ataque Mi-24, Mi-28N e Ka-52.
    Para dar suporte aos ataques aéreos,
    navios de guerra foram posicionados
    no Mar Mediterrâneo, a partr de onde
    dispararam mísseis de cruzeiro. Foi a
    maior movimentação da Marinha russa
    desde o fim da URSS. Contou com o
    porta-aviões Almirante Kuznetsov,
    que recebeu o suporte dos contra-
    torpedeiros da classe Udaloy e do
    cruzador Pyot Velikiy.
    No final de 2018, os EUA anunciaram
    que iriam começar a retrar suas topas
    da Síria, arrefecendo o conflito. Mas a
    ação russa ainda pode ser retomada.
    Acontece que a Guerra Civil Síria mo-
    vimentou outos dois atores expressivos
    da região. Depois que 20 foguetes foram
    disparados conta bases militares de Is-
    rael nas Colinas de Golã, em maio de
    2018, os israelenses acusaram a Guarda
    Revolucionária, força de elite iraniana,
    de ter agido de dento do território sírio.
    Em retaliação, Israel atacou posições do
    governo sírio, o mesmo que conta com
    suporte militar ostensivo da Rússia. O
    Irã respondeu fazendo ameaças verbais.
    Mas uma escalada de violência envolven-
    do Síria e Irã, dois fortes aliados russos,
    conta Israel, parceiro de longa data dos
    Estados Unidos, pode levar a uma nova
    onda de ataques na região.


CAÇADOR
DE CABEÇAS
drone pode deixar os
inimigos sem comando.

enquanto lutava para se reor-
ganizar militarmente, a rússia
perdeu a largada na corrida para
desenvolver os drones militares.
passou os últimos dez anos ten-
tando tirar o atraso, mas os resul-

tados ainda são mais motivo de
especulação do que de análise.
o sukhoi “okhotnik” (expressão
que significa “caçador”) parece
ser uma aposta promissora.
desenvolvido desde 2011, com
o objetivo de ser uma arma de
precisão, capaz de atingir alvos
estratégicos em solo inimigo, de
forma furtiva (stealth), sem ser
detectado por radar. seu primei-
ro teste de voo foi em maio de
2019, e nada foi dito a respeito
de que tipo de equipamento
pode levar. Tem as dimensões
de um caça grande e parece ser
controlado remotamente não do
solo, mas de um caça também
furtivo, o novíssimo sukhoi su-
57, que, como o drone, ainda não
entrou em operação. Um combo
letal por si só, e também uma
revolucionária forma de lutar.
acredita-se que o par deva servir
para abrir caminho para o arse-
nal mais tradicional, destruindo
as defesas, radares e sistema de
comunicação inimigos.

Sukhoi
“okhotnik”
Veículo aéreo não
tripulado de combate

peSo vazio

20.000 kg


Comprimento: 19,8 m
envergadura: 13,95 m
operadoreS: 2
veLoCidade mÁXima:
1.000 km/h
armamento:
desconhecido

Foto: Divulgação

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