50 — exércitos do mundo
Egito
OrçamentO: US$ 4,4 bi
efetivOs: 440.000
aerOnaves: 1.092
naviOs: 319
POrta-aviões: 0
tanques: 2.160
armas nucleares: 0
aliadOs: Otan,
Paquistão, Israel
adversáriOs:
radicais islâmicos
o enigma
da esfnge
Mais um país islâmico
numa situação compli-
cada. No Egito, como na
Turquia, os militares são
tradicionalmente uma
força de secularismo pró-
-ocidental. E foi contra a
percebida tendência de
islamização da Primavera
Arabe que o general
Abdel Fattah el-Sisi, um
militar que estudou no
Reino Unido e Estados
Unidos, subiu ao poder
por meio de um golpe
de estado em 2014.
El-Sisi reaproximou o
país dos Estados Unidos
e de Israel, e se afastou
da Turquia de Erdogan.
Parte do orçamento
militar do Egito inclusive
vem dos EUA – cerca
de US$ 1,3 bi por ano.
E o arsenal do Egito, se
conta com vários itens
soviéticos, é basica-
mente ocidental. Bem
recentemente, porém,
Sisi começou a aproxi-
mar o país da Rússia. Em
março de 2017 estava
encontrando Trump em
Washington. Em de-
zembro, assinando um
acordo com Putin para a
construção de um reator
nuclear. No mesmo ano,
encomendou tanques
T-90 dos russos. Mas o
país continua colabo-
rando com Israel na luta
contra insurgentes no
Sinai, um grupo que
conta com a participa-
ção do Estado Islâmico
e é um potencial barril
de pólvora para a geo-
política local.
Japão
OrçamentO: US$ 47 bi
efetivOs: 2 4 7.1 5 7
aerOnaves: 1.572
naviOs: 131
POrta-aviões: 0
tanques: 1.004
armas nucleares: 0
aliadOs: Otan, Coreia
do Sul, Taiwan
adversáriOs: Coreia do
Norte, China, Rússia
O preço da paz
A terra dos samurais não tem
Forças Armadas. Em tese, as
Forças de Autodefesa do Japão
são outra coisa. A Constituição
Japonesa afirma em seu artigo
9: “O povo japonês para sem-
pre renuncia à guerra como um
direito soberano da nação e a
ameaça ou uso da força como
meio de resolver disputas inter-
nacionais. Como medida para
atingir o objetivo do parágrafo
anterior, forças de terra, mar e
ar, ou qualquer outro potencial
de guerra, nunca serão man-
tidas”. Foi um artigo imposto
numa Constituição escrita por
americanos, e invariavelmente
chegou-se à conclusão óbvia
de que era inviável, ainda mais
na Guerra Fria. O Tio Sam olhou
para o outro lado e, em 1954,
as forças foram criadas. Para
um não exército, está muito
bem: em 2015, um estudo pelo
banco Credit Suisse estimou
a força japonesa – com a tec-
nologia da poderosa indústria
nacional – como a quarta mais
poderosa do mundo. Limitadas
pela Constituição, o trabalho
das FAJ tem sido participar de
missões da ONU – a última no
Sudão do Sul, de 2016. Diante
das ameaças da Coreia do
Norte, há hoje muita discussão
sobre como interpretar o artigo
- Se “autodefesa” inclui ata-
ques preventivos. E até mesmo
o grande tabu no país atingido
em Hiroshima e Nagasaki, a
criação de armas nucleares,
está de volta à mesa.
arábia
Saudita
OrçamentO: US$ 70 bi
efetivOs: 230.000
aerOnaves: 848
naviOs: 55
POrta-aviões: 0
tanques: 1.062
armas nucleares: 0
aliadOs: EUA, Israel,
Paquistão, diversos
países árabes
adversáriOs: Irã, Hezbollah,
rebeldes iemenitas
Teocracia
amiga dos EUA
Como o Irã, a Arábia Saudita
é um regime controlado por
uma interpretação ultracon-
servadora da lei islâmica.
Mas o primeiro é sunita, o
segundo é xiita, e, nessa
divisão histórica que vem de
poucos anos após a morte
do Profeta Maomé, ambos
acabam tentando ser a maior
força geopolítica de seu
campo – o que se reflete na
atual Guerra Civil do Iêmen,
iniciada por uma revolta
militar dos houthis xiitas em
- Em 2015, a Arábia Sau-
dita coordenou uma massiva
ação militar com a ajuda dos
EUA, tendo enviado 150 mil
soldados e mais 100 aviões
de combate. E, desde então,
ambos vêm afirmando que o
Irã está armando os rebeldes.
O adversário nega qualquer
envolvimento – como negou
também sua presença na
Guerra Civil Síria (leia mais
na pág. 37). A teocracia do
príncipe Mohammed bin
Salman investe pesado em
força militar e é totalmente
armada pelo Ocidente, com
sua força aérea formada prin-
cipalmente por caças-bom-
bardeiro F-15 americanos.
Porém, o país produz seus
próprios modelos de veículos
de combate de infantaria (Al-
Fahd) e drones.
Exércitos do mundo outras potências
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