64 — exércitos do mundo
dos anos 1950. Não é o suficiente
para fazer frente aos F-16 dos
chilenos, por exemplo. Outos
projetos seguem emperrados à
espera de dinheiro – é o caso
do desenvolvimento de quato
navios submarinos tadicionais
e um com propulsão nuclear, que
seriam criados com base em tec-
nologia da França.
Mas, se falta atalização dos
equipamentos, não falta prepa-
ro para a enorme variedade de
cenários que o território brasi-
leiro apresenta. Existem forças
especiais preparadas para agir
nas condições da caatnga, do
cerrado, das áreas de florestas
e montanhas.
Instalado em Petolina (CE),
o Cento de Instução de Ope-
rações na Caatnga fornece tei-
namento para militares, policiais
militares e bombeiros, que usam
roupas camufladas, de cor cáqui
e mais resistentes a espinhos, e
aprendem a extair alimentos e
água nos locais mais inóspitos.
Iniciados em 1995, os cursos de
teinamento já formaram mais
de 6.700 homens.
Já o 11º Batalhão de Infantaria
de Montanha fica sediado em
São João del-Rei (MG) e forma
especialistas em regiões eleva-
das, que se aproveitam da forma-
ção para levar essa experiência
para brigadas que precisam de
profissionais com esse perfil,
como a Brigada de Infantaria
Paraquedista e a 12ª Brigada de
Infantaria Leve. Já os especialis-
tas em floresta amazônica habi-
tam a 3ª Companhia de Forças
Especiais, instalada em Manaus
(AM). E os militares preparados
para as condições do Pantanal
são teinados em Corumbá (MS),
no 17.º Batalhão de Fronteira.
A Marinha mantém unidades
de fuzileiros, os marines do Bra-
sil. E o Exército criou, em 1968,
o 1º Batalhão de Forças Espe-
ciais, a unidade de elite dedica-
da à chamada guerra irregular,
que inclui containsurgência e
localização de alvos estatégicos.
O Exército mantém ain-
da uma Força de Ação Rápida
Estatégica, preparada para se
deslocar rapidamente para qual-
quer canto do País em caso de
agressão externa, e a Brigada
de Operações de Leis e Ordens,
pronta para lidar com o crime
organizado em ambiente urbano.
E, dento da Escola de Instução
Especializada, uma Divisão de
Defesa Química, Biológica, Ra-
diológica e Nuclear.
E, falando nisso, ainda que
a Consttição de 1988 proíba
a criação de armas nucleares, o
Brasil tem certa história com
elas. Ente 1979 e 1990, o cha-
mado Programa Paralelo foi ope-
rado pela Marinha e Aeronáutca
com a intenção oficial de criar
um submarino nuclear. Mas há
uma séria desconfiança de terem
desenvolvido armas atômicas.
Era a acusação da imprensa bra-
sileira nos anos 1980, apontando
o ultafechado campo de testes
da Serra do Cachimbo, Pará, co-
mo o local. Em 1990, o presi-
dente Fernando Collor foi lá em
pessoa para encerrar o projeto.
Os militares insistem até hoje
ter sido só parte do programa
do submarino. Mas organizações
como o Insttto para a Ciên-
cia e Segurança Internacional,
em Washington, listam o Bra-
sil ente países com programas
nucleares abandonados. E com
capacidade para recomeçar.
mitologia
O Exército considera que sua
data de nascimento é a Batalha
de Guararapes, em 1649, quan-
do portgueses que viviam em
Pernambuco reagiram conta os
poderosos invasores holandeses,
num momento em que até mes-
mo a coroa portguesa parecia
ter desistdo daquele território.
Já na certidão de nascimento
da Marinha costma aparecer a
data de 1822, quando o Brasil se
tornou um país independente. A
primeira esquadra oficialmente
brasileira seguiu, em novembro
O QUE
VEM NO
FUTURO?
Saab JaS 39 Gripen
—
O nome quer dizer “Grifo” em sueco. É um
caça de quarta geração, a mesma do F-16 e
uma anterior ao F-35. Mas é mais rápido que
o F-35: alcança Mach 2 (2.460 km/h) versus
Mach 1,6 (1.976 km/h). E é, como o F-35,
um caça multifunção, feito para servir para
tudo e equipar armas de todo tipo. Desde
que entrou em operação em 1996, o caça
nunca foi testado em combate contra outros
aviões. Mas é muito mais moderno que nossa
outra opção de supersônico, o F-5 Tiger II,
de 1972. A empresa sueca criou um modelo
especialmente para o Brasil, com 2 lugares,
para operações avançadas e desenvolveu um
display especial, parecido com o do F-35, a
pedido do Brasil. 36 veículos foram comprados
e devem começar a chegar ainda este ano.
Sn-br
—
O projeto começou em 2012, e só deve ser
concluído ao final da próxima década. O
submarino nuclear brasileiro pode dar ao
Brasil uma presença global.
KC-390
—
É o projeto militar mais avançado que o Brasil já
desenvolveu. Um cargueiro militar a jato, feito
para substituir o turboélice C-130 Hercules
americano que data de 1956. O que deve fazer
bem. É muito mais rápido, com máxima de
988 km/h versus 593 km/h, tem controles
eletrônicos (fly by wire) e visão sintética, uma
tela com o relevo sobrevoado para orientar o
piloto. Já em fase de treinamento, será usado
para reabastecimento aéreo, transporte de
tropas e blindados, e missões de resgate.
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