Dossiê Superinteressante - Edição 406-A (2019-08)

(Antfer) #1
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porta-
helicópteros
não é ideal, mas é o
que temos.

não é uma situação muito con-
fortável, não ter um porta-avi-
ões. desde a segunda Guerra,
eles são as naus-capitânias dos
países que os têm, uma força
incomparável ao que outras
embarcações podem prover.
mas estamos sem nenhum.
o porta-aviões são Paulo não
“vingou” e foi desativado em


  1. agora a marinha brasilei-
    ra aposta em uma embarcação
    britânica construída na década
    de 1990 e utilizada pelos ingle-
    ses entre 1998 e 2018, com o
    nome Hms ocean. o atlântico
    custou R$ 424 milhões e pode
    transportar 800 homens e 18
    helicópteros. tem autonomia
    de 13 mil quilômetros. Com
    seus quatro radares, capazes
    de projetar imagens em 3d, a
    embarcação é projetada para
    controlar áreas marítimas num
    raio de 200 quilômetros. Conta
    também com uma capacidade
    considerável para receber
    doentes e feridos, o que faz
    dele um equipamento adequa-
    do para missões humanitárias.
    em caso de guerra, o PHm
    atlântico se tornaria o quar-
    tel-general da marinha. mas
    continuamos sem o poder de
    ataque que só um porta-aviões
    confere.


PHM
Atlântico
Navio de
assalto anfíbio
porta-helicópteros

Peso

21.500 t


lArgurA: 35 m
coMPriMento: 203,4 m
AlturA: 43 m
VelocidAde MáxiMA:
18 nós (33 km/h)
ArMAMento: 4
canhões DS30M de 30
mm, 4 M134 minigun,
8 metralhadoras FN
MAG, 18 helicópteros

daquele ano, na direção de
Montevidéu, para expulsar os
portgueses que se recusavam
a aceitar que a então província
da Cisplatna se submetesse ao
rei Dom Pedro I. Por sua vez, a
Força Aérea Brasileira foi for-
mada em 1941, no contexto da
Segunda Guerra Mundial. O pre-
sidente Getúlio Vargas fundou
o Ministério da Aeronáutca e
reuniu ali os equipamentos aére-
os e os especialistas em aviação
que, antes, ficavam dispersos no
Exército e na Marinha.
Mas há quem afirme que a
força surgiu, de fato, em 1736,
com a criação da Secretaria
D’Estado dos Negócios da Ma-
rinha, que, na prátca, ampliava
e organizava as forças navais
portguesas ao longo da costa
da colônia.
Em todos os casos, a carreira
nas Forças Armadas costuma
começar com o serviço militar
obrigatório, prestado por homens
selecionados ao completar 18
anos. Mulheres podem entrar
de forma voluntária. Com a diferença,
em relação a outos países, como Israel e
Coreia do Sul, de que no Brasil o alista-
mento obrigatório não absorve todos os
inscritos. A grande maioria dos jovens
é dispensada. E poucos se interessam.
No Estado de São Paulo, até 2014, só
5% dos 350 mil jovens de 18 anos que
se apresentam para fazer o alistamento
queriam, de fato, entar para o serviço
militar. Em 2016, diante da crise eco-
nômica, o percental saltou para 10%.
Para quem presta serviço militar
e segue carreira, o caminho para
entrar em combate é participar das
missões de paz do Brasil. No Haiti,
por exemplo, os 37 mil militares bra-
sileiros que participaram da operação
da Organização das Nações Unidas
ao longo de 13 anos participaram de
tiroteios frequentes, principalmente
entre 2004 e 2007.
No bairro de Bel Air, na região cental
de Porto Príncipe, os combates conta
as gangues armadas que dominavam as
ruas eram diários. Mesmo para oferecer
ajuda humanitária, como instalar postos
de atendimento de saúde, reconstuir

escolas, distibuir comida e roupa e re-
trar os mais de 3 mil caminhões de lixo
que estavam acumulados na região, foi
preciso contar com escolta fortemente
armada.
Quando a sitação parecia contolada,
em 2010, Bel Air foi arrasada por um
terremoto. O temor devastou o país. O
edifício-sede da ONU em Porto Príncipe
veio ao chão. Havia 130 pessoas lá dento.
Apenas cinco sobreviveram, incluindo o
tenente-coronel Adriano de Souza Aze-
vedo, que escapou debaixo de blocos de
parede. Ao todo, 18 militares brasileiros
morreram vítmas do temor.
Em resumo: enormes, mas sem equi-
pamentos de ponta nem experiência em
conflito com outas forças militares:
assim são as Forças Armadas brasileiras.
Para os padrões latno-americanos, elas
têm se mostado mais do que suficien-
tes para preservar o território nacional


  • se descontadas as ações crimino-
    sas na fronteira, que são claramente
    bem-sucedidas. Tem dado certo, ainda
    que, no longo prazo, a queda de in-
    vestimentos na comparação com os
    vizinhos seja preocupante.


Exércitos do mundo brasil


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