Ana Maria - Edição 1191 (2019-08-15)

(Antfer) #1
devem conhecer o próprio corpo e ter um ambiente
educação sexual previnem a violência sexual, gravidez na adolescência
transmissíveis Júlia Arbex

As curiosidades sobre o corpo, por exemplo,
são naturais desde muito cedo. Os adultos
responsáveis devem sempre responder às
questões de forma sincera e objetiva. Ou seja,
sem dar uma aula sobre o tema ou inventar
histórias. Portanto, em vez de dizer que a
cegonha trouxe o pequeno para a casa ou
que ele nasceu do repolho, fale que o papai e
a mamãe se amam muito e, por conta disso,
quando ficaram juntos e grudados, um líquido
entrou na mamãe e ele nasceu. Essa resposta vai
satisfazer a criança e não gerará mais dúvidas
na cabeça dela. Esclareça as perguntas sempre
de um modo que seu filho entenda, dentro do
contexto da idade e da experiência de mundo
que ele tem. Dessa forma, quando chegar à
adolescência, questões mais complexas, como
virgindade, sexo seguro e gravidez serão
tratadas por ele com naturalidade.

Por volta dos 3 anos
de idade, as crianças já
conhecem sua identidade
de gênero (não depende
do sexo biológico da
pessoa, mas de como
ela se percebe) e se
rotulam, na maioria das
vezes, como menino ou
menina. E, por meio de
falas, comportamentos e
escolha de brinquedos,
os pais ensinam aos
filhos o que é apropriado
para meninas e meninos.
Porém, para passar
uma educação sexual
consciente, os profissionais
afirmam que não devemos

de


COMO E O
QUE DIZER

IDENTIDADE
DE GÊNERO

diferenciar objetos, cores
e comportamentos como
“permitidos” e “proibidos”.
Ou, ainda, dizer que as
garotas são mais vaidosas
e frágeis, e os garotos mais
fortes e corajosos. Por quê?
Estudos já comprovam que
as cores não determinam
nossa orientação sexual
(hetero, homo, bissexual) e
a ideia de que as mulheres
são mais sensíveis e os
homens são mais fortes
gera cada vez mais
mulheres fragilizadas
e submissas, e homens
brutos e com dificuldade
FOTO: GETTY IMAGES de demonstrar afeto.
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