Guia do Novo Homnem do Século XXI - Edição 01 (2019-08)

(Antfer) #1

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SE O MEU FUSCA FALASSE
Eternizado no cinema no filme “Se Meu
Fusca Falasse”, o carrinho da Volkswa-
gen é um ícone nacional. Com mais de
três milhões de unidades produzidas no
Brasil, o Fusca desperta paixões e os
exemplares remanescentes do modelo
em bom estado são disputados por co-
lecionadores. “O Fusca fez parte da in-
fância e da história de muita gente por
mais de 30 anos. É um carro marcante
para quem teve infância entre
1950, quando chegou ao Bra-
sil, e 1986, quando parou de
ser produzido. Depois voltou
a ser produzido em 1993 e pa-
rou em 1996”, afirma Eduar-
do Rocha, ao explicar um dos
motivos pelo qual o Fusca é
um carro tão querido pelos
brasileiros.
Fabricado no Brasil a par-
tir de 1959, o carismático
Volkswagen Sedan – este era
seu nome oficial – logo se tor-
nou o modelo mais popular
do país. Segundo a Volkswa-
gen, “a combinação de baixo
custo de aquisição e manu-

tenção com uma resistência capaz de afrontar os caminhos e condições
de uso mais difíceis transformou logo o pequeno Volkswagen em ponta de
lança da motorização do Brasil”.
A fábrica brasileira, em São Bernardo do Campo, foi a primeira da
Volkswagen montada fora da Alemanha, onde seriam feitas mais de três
milhões de unidades. A história do Fusca no Brasil tem uma peculiari-
dade: o retorno da fabricação em 1993, sete anos após sua paralisação,
em 1986, aconteceu a pedido do então presidente da República, Itamar
Franco. O carro voltou a ser produzido em uma versão movida exclusiva-
mente a etanol, e parou de ser fabricado em 1996.

SINAL VERMELHO
Em tempos de retração econômica, a indústria automobilística brasilei-
ra anda com o sinal de alerta ligado. As vendas de carros estão caindo
de forma acentuada em 2015. Estão cerca de 20% menores que no ano
passado, que já estavam em queda. Entre automóveis e comerciais leves,
em 2012, foram 3,63 milhões de unidades. Em 2013, caiu um pouco, para
3,57 milhões. Em 2014, ficou em 3,32 milhões. A tendência este ano é que
fique em 2,6 milhões. O faturamento da indústria nos últimos anos gira
em torno de US$ 90 bilhões por ano, algo como 5% do PIB. Toda a cadeia
produtiva movimenta pelo menos o dobro disso, pouco mais de 10% do
PIB. Os números são da Anfavea, (Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores).
São vários os motivos para a diminuição no volume de vendas. “A baixa
atividade econômica, a alta da inflação, as taxas de juros (que influen-
ciam as ofertas de crédito) afetaram, mais uma vez, as vendas do setor”,
afirma o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição
de Veículos Automotores), Alarico Assumpção Jr., referindo-se aos nú-
meros de maio de 2015.

Embora não apareçam na lista dos mais vendi-
dos, seja por conta do preço, seja por serem
modelos feitos quase artesanalmente, carros
como Ferrari, Aston Martin e Lamborghini vão
sempre estar no imaginário masculino como
sinônimo de potência, velocidade, adrenalina
e design arrojado. Sim, brasileiro gosta de
fortes emoções. Não é à toa que a Fórmula 1
faz tanto sucesso em território nacional.


VELOZES E FURIOSOS


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