Adega - Edição 166 (2019-08)

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AD 90 pontos

TERRA ROSSA PRIMITIVO 2014

Terra Rossa, Puglia, Itália

(World Wine R$ 298).

Eduardo Milan já havia

resenhado este vinho

quando chegou ao Brasil e

eu endosso sua pontuação.

Aqui encontramos um

equilíbrio que falta tantas

vezes aos Primitivos. O

segredo está, sem dúvida,

na capacidade das parreiras

antigas (40 a 60 anos) de se

autorregularem. Além do belo

floral, uma de suas virtudes

aos cinco anos de vida está

na textura de taninos e,

sobretudo, no fim de boca,

que, ao invés do dulçor

e da geleia encontrados

em muitos exemplares

dessa uva, revela vibrantes

especiarias doces. CB

AD 93 pontos

HUGEL RIESLING

“GROSSI LAÜE” 2011

Hugel & Fils, Alsácia,

França (World Wine

R$ 680). Para os fãs

de Hugel, este é antigo

Jubilee. Restaura o

termo Grossi Laüe, que

equivale ao Grand Cru na

Borgonha. E é o Jubilee

mesmo, com a assinatura

de calor e corpo mais

guloso que outros

Rieslings alsacianos.

Frutas maduras em

pêssego e um toque de

abacaxi. Tudo envolto

em florais, frescor e na

mineralidade dos grandes

Rieslings. Com oito anos

está desabrochando e

espero voltar a bebê-lo

com mais de 20 anos de

idade. CB

AD 94 pontos

BALTHASAR RESS

ORANGE 2016

Balthasar Ress, Rhein,

Alemanha (World Wine R$

340). Pude me deliciar

mais uma vez com este

vinho e comprovar que

sua tendência é só

melhorar em garrafa.

Guilherme Velloso

descreveu o diferenciado

aroma de caju. Tem a terra

e a oxidação dos vinhos

laranja, com uma sutileza

e elegância que acredito

virem do uso de Pinot

Blanc e Riesling, uvas

raras nos laranjas. Pena

que vieram tão poucas

garrafas para o Brasil.

Espero que a próxima

safra comprove o que

sentimos neste 2016. Uma

das minhas surpresas no

ano. CB

AD 92 pontos

HERDADE DO ROCIM

AMPHORA BRANCO 2017

Herdade do Rocim,

Alentejo, Portugal (World

Wine R$ 238). Este vinho

já havia sido resenhado

por Felipe Granata e

confirmei a pontuação

conferida. Combina o

quente do Alentejo, com

a elegância dos grandes

brancos e rusticidade

do método ancestral de

produção em talhas de

barro (ânforas). Nariz e

boca trazem mexerica

madura e ervas. A acidez

vibrante com perfil cítrico

é o grande destaque ao

fim de boca. Um grande

acompanhamento para

uma picanha suína. CB