18 motociclismom AGOSTO 2019
PLANETA MOTO
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A moto e os app
U
ma das profissões que mais cresceu nos últimos
anos certamente foi a de motoboy. A tecnolo-
gia foi fator impulsionador com a chegada dos
aplicativos de entrega, tanto de comida, como de
compras de supermercado, entrega de documentos
e remédios, entre outros serviços. O crescimento foi
rápido e certeiro.
Com o aumento do desemprego no Brasil, muitos pas-
saram a trabalhar como motoboy para ter uma fonte
de renda, entretanto, a pressão sobre os profissionais
para fazer cada vez mais entregas de forma mais rá-
pida, para poder aumentar os ganhos financeiros, tor-
nou o exercício da profissão mais perigoso e arriscado.
Nesse contexto de pedidos digitais, entregadores vi-
ram uma oportunidade de flexibilizar sua jornada de
trabalho e virar seu próprio patrão. Pesquisas recen-
tes indicam que mais de 5,5 milhões de brasileiros tra-
balham com aplicativos de transporte, porém, o que
mais chama a atenção são os de entregas rápidas.
A jornada de trabalho de um motoboy pode variar de
12 a 14 horas por dia, entretanto, eles não contam
com amparo de benefícios trabalhistas, proteção le-
gal e segurança para a integridade física, já que se
arriscam para fazer as entregas mais rapidamente,
exigência para poder faturar mais e fazer chegar o
alimento ainda quente.
Os aplicativos remuneram os entregadores por pro-
dutividade, o que acaba induzindo à imprudência dos
motociclistas na pilotagem de suas motos no trânsito,
provocando mais acidentes, dentro de um contexto
de concorrência predatória entre os profissionais que
querem ser cada vez mais rápidos e eficientes. A Lei
12.436 de 2011 proíbe esse tipo de prática. Entre ou-
tras regras, está na lei que os condutores precisam
ter 21 anos, curso de especialização e moto equipada
com até oito anos de uso.
A comodidade de pedir seu sanduíche sem sair de
casa já faz parte do dia a dia do brasileiro, mas a re-
gulamentação e a segurança no trânsito e a vida do
entregador são mais importantes. Nessa cadeia de
pede-recebe, o motoboy ainda é a ponta mais frágil e
a fiscalização também é negligente.
Iniciativas educativas e preventivas têm que ser adota-
das rapidamente, pois não há como proibir ou deter a
tecnologia, porém, estamos falando de vidas e de tra-
balhadores que merecem respeito e dignidade. É hora
do poder público enxergar essa categoria como contri-
buinte e gerador de riqueza na economia. Boa leitura!
por ORLANDO CESAR LEONE
presidente da Anfamoto
VISÃO DA INDÚSTRIAA
* A opinião dos colunistas não reflete necessariamente a opinião da revista
fotos divulgação
HARLEY-DAVIDSON
A Harley-Davidson do Brasil promove o concurso de
customização Battle of The Kings pela segunda vez no país.
Cada concessionária pode customizar uma moto Harley-
Davidson, utilizando como base as linhas Sportster ou
Softail, e com a opção de seguir os conceitos Dirt, Chop
ou Race, sobre motocicletas zero-quilômetro ou usadas
e que atendam às leis do Código de Trânsito Brasileiro.
O orçamento para a customização não pode superar 50%
do valor da motocicleta - excluindo a mão de obra -
e 50% do valor total da customização deve ser em peças
e acessórios originais da Harley-Davidson.
A votação on-line para o Battle Of The Kings 2019 no Brasil
pode ser feita pelo site do concurso até dia 15 de agosto.
As três motos customizadas mais votadas serão avaliadas
por um júri e o projeto que levar o maior número de pontos
pela votação do júri será o grande Custom King Brasil 2019.