Ana Maria - Edição 1193 (2019-08-26)

(Antfer) #1

Você está encenando o
monólogo Eu Sempre
Soube..., baseado no
livro de Marcio Azevedo.
A obra foi escrita a partir
do depoimento de 92
mães de gays, lésbicas
e transgêneros. O que
a motivou interpretar a
jornalista que lança um
livro sobre amor de mãe?
O texto chegou a mim pelo
WhatsApp. O Marcio me
mandou e, quando li, já disse
“é meu, tenho que fazer,
é minha missão”. Porque,
independentemente de quem
sejam nossos filhos, nós, mães,
nos sensibilizamos com todas
as dores de todas as mães.
Então, falar em nome delas,
na sua maioria e nesse caso
especificamente, em nome das
mães pelas diversidades no
geral, é fundamental.


Quem tem sido mais
impactado pelo espetáculo:
mães ou filhos?
Pelo que chega a mim, os filhos.
Todos eles se reconhecem,
me abraçam fortemente,
agradecem pelo espetáculo.
Algumas mães também. E,
inclusive, pessoas que não
fazem parte do universo
LGBT. Os abraços deles são
importantes para mim,
porque essas pessoas dizem
que tiraram o preconceito do
armário. Não são a maioria, mas
são fundamentais.


Qual foi o depoimento que
mais a tocou?
Exatamente o da última mãe
que postou nas redes sociais.
Ela falou que não se achava
preconceituosa, mas não se
viu durante o espetáculo. Ela
considerou a peça importante
para tirar o preconceito dela
do armário. Queremos que as
pessoas tirem os preconceitos
do armário, joguem no lixo e
respeitem muito.

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