Ana Maria - Edição 1193 (2019-08-26)

(Antfer) #1
Como dona de casa, qual a
sua melhor habilidade?
Odeio ser dona de casa [risos]. No
bom sentido, sou muito da vida,
da rua. Não levo muito jeito para
cozinhar, mas fui dona de casa
enquanto precisava ser pelos
filhos, para cuidar do ambiente,
torná-lo limpo, higiênico,
saudável, fazer comidinhas. Mas
eu nunca tive preferência por
nenhum trabalho de casa.

O que tira o seu sono hoje?
Qualquer problema com meus
filhos, netos ou mãe. O resto é
batalha. Qualquer coisinha fora
do normal que acontece com
eles, já me deixa arrasada. A vida
é mais fácil, acho, do que a gente
faz parecer.

E qual foi a principal lição que
você fez questão de ensinar a
cada um deles?
Sou daquelas mães que ensinou o
básico para a sobrevivência, pelo
respeito ao outro. Mas, acho, tudo
passa mais por mim, pelas minhas
atitudes, do que pelos ensinamentos.
Sempre fui uma mãe meio doida, mãe
artista. Tomo banho pelada com meu
neto, não sou uma pessoa tradicional,
sou aquela que vai ensinando
conforme as coisas acontecem. Os
ensinamentos que trocamos são bem
legais porque eles são maravilhosos.
Eles aprendem vendo os valores nas
coisas básicas da vida, como dar lugar
a pessoa de idade, um cadeirante,
uma mulher com criança de colo.
As coisas e atitudes vêm na nossa
convivência, aprendemos juntos.


Diante da
bandeira do arco-
íris, símbolo do
movimento LGBT,
e em cena como
Majô Gonçalo no
espetáculo Eu
Sempre Soube...

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