Ana Maria - Edição 1193 (2019-08-26)

(Antfer) #1
Ainda não há cura para o transtorno do espectro do
autismo e nem um padrão de tratamento que possa ser
aplicado em todos os casos, pois cada paciente exige
um acompanhamento individualizado. No entanto,
terapia ocupacional, de comunicação e comportamento
e fonoaudiologia são essenciais. Além disso, existem
programas que tratam problemas sociais, de comunicação
e de comportamento que estão relacionados ao autismo.
“O ABA, por exemplo, que significa, em português, Análise
Aplicada do Comportamento, é muito utilizado em crianças.
Tem também o TEACCH (Tratamento e Educação para
Autistas e Crianças com Limitações), que utiliza apoios
visuais para ensinar comportamentos; ESDM-DENVER,
que ajuda os pequenos a se aproximarem e interagirem
com os outros; e o PECS (Sistema de Comunicação por
Troca de Figuras) que, como o próprio nome já diz, ensina
uma comunicação funcional por meio da troca de figuras”,
destaca Marcella. Já o suporte medicamentoso é utilizado
quando há indicação médica.

O TEA pode ser classificado em três níveis: severo,
moderado e leve. “No grau leve, que antigamente
era chamado de síndrome de Asperger, o indivíduo
apresenta as mesmas dificuldades dos outros autistas,
mas de maneira menos intensa. Se amparados de
forma correta, conseguem levar a vida normalmente.
Já as pessoas com o nível moderado e severo
costumam ter atrasos linguísticos significativos,
desafios sociais e de comunicação, além de
comportamentos incomuns. Também precisam de
tratamento e apoio adequados”, afirma Marcella
Bianca, neuropsicóloga membro da Sociedade
Brasileira de Neuropsicologia (SBNP). As causas do
autismo ainda são desconhecidas. Provavelmente, há
uma combinação de fatores que levam ao transtorno,
como genéticos e ambientais. Segundo Clay Brites,
pediatra, neurologista infantil e um dos fundadores do
Instituto NeuroSaber, muitos pais de crianças com
autismo suspeitam que têm algo diferente antes
que elas atinjam 2 anos de idade. Isso porque
elas costumam apresentar os sinais abaixo:

Contato visual pobre.

Mais interesse e apego por objetos
do que por pessoas.

Sensibilidade a barulhos, cheiros e texturas.

Dificuldade de demonstrar sentimentos
e entender linguagens faciais, como se a pessoa
está feliz ou triste, por exemplo.

Movimentos e até mesmo falas repetitivas.

Insistência em rotinas e rituais.

Problemas para dormir e manter o sono.

Brincar somente com partes de brinquedos
e não querer dividi-los com ninguém.

Manias ou seletividade alimentar.

Incômodo excessivo com abraços e carinhos.

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