Revista Educação 43
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ampliar seu mercado apostando na expectativa dos pais por maior
qualidade no ensino privado – mas a crise atrapalha
MENOS E MAIS
O
Brasil tem 48,5 milhões de alunos na edu-
cação básica, atesta o Censo Escolar 2018
do Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-
sas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ao
contrário do que ocorre com estudantes
do ensino superior, em ampla maioria ma-
triculados em faculdades e universidades
privadas, o grosso do básico – 39,5 milhões,
ou 81,4% do total – é público. Uma parcela
imensa dos pais dessas crianças, adolescentes e jovens,
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ca de segurança, qualidade de ensino e uma rotina de
estudos livre de inconstâncias estruturais, didáticas e
pedagógicas. Esse sonho coletivo e histórico de consu-
mo gera um mercado poderoso, nacional, de altíssimo
potencial, explorado pelos gigantes e investidores do
setor educacional com apetite cada vez mais voraz. A
face nova desse mercado, que já começa a criar esgri-
mas entre os big players do setor, é a das escolas parti-
culares de baixo custo, as chamadas low cost.
O conceito básico desses projetos é oferecer educa-
ção de qualidade com formação tecnológica, inglês de
verdade, conteúdo e prática digitais e outros comple-
mentos, em espaços bem projetados e mobiliados. Mas
tudo isso a preços convidativos se comparados à média
praticada no mercado. Na maioria das escolas de baixo
custo abertas até agora no país, os preços de matrículas
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nos infantil, fundamental e médio brasileiros se dividi-
ram historicamente, sem meio-termo, entre o público
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