continuar a arcar com as mensalidades puxadas de
colégios privados mais tradicionais. Na maioria das
escolas low cost, a divisão de origem dos alunos varia
atualmente entre o meio a meio e 60% para ùʢÕ鼫-
cos e 40% para ùʢÕØ«óÊÜ.
Apesar dos estragos promovidos pelo maior aperto
econômico da história do país, o mercado de educação
a baixo custo insinua-se como algo capaz de ter vida
longa. Uma avaliação apurada dos deslocamentos de
alunos do ensino básico nos últimos anos ajuda a com-
preender os motivos de ânimo dos investidores. Entre
2013 e 2017, o número de alunos nas escolas públicas do
país caiu 8%. No mesmo período, os ingressos em ins-
tituições privadas cresceram 7%.
Esse movimento, feito quase todo no miolo da crise,
revela claramente o potencial desse mercado turbina-
quase sempre irregular e o privado quase nunca ba-
rato. Por isso, a meta original das empresas e investi-
dores que entraram ou se preparam para mergulhar
no mercado low cost é atrair alunos de redes públicas
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meiro governo Lula, com alguns respingos na faixa D.
Mas um fenômeno social acabou por fazer com que
gente de outras camadas batesse nas portas dessas
unidades. Com o desemprego, o subemprego, o desa-
lento e a queda violenta de poder aquisitivo das clas-
ses média e média alta a partir de 2014, numa crise
que insiste em não querer deixar os brasileiros tão
cedo, as escolas pioneiras no modelo baixo custo re-
gistraram um desembarque maciço de alunos vin-
dos de escolas particulares mais caras. Um downgrade
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Fotos: Divulgação SEB
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