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DIVERSIDADE
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“Divulgar sua orientação sexual abertamente no am-
biente de trabalho ainda é um desafio para muitos dos
profissionais LGBT+. É papel das empresas criar um am-
biente acolhedor, respeitoso e com políticas sólidas para
que cada vez mais esses talentos possam vivenciar a sua
vida pessoal com a profissional, e não como duas pessoas
distintas”, afirma João Bevilacqua, gerente de vendas e lí-
der do comitê LGBT+ no LinkedIn, o Out@In.
Um estudo realizado online pela consultoria Opinion
Box, a pedido do LinkedIn, revela que 35% dos entrevis-
tados LGBT+ afirmaram já ter sofrido algum tipo de dis-
criminação velada ou direta no ambiente de trabalho (fo-
ram entrevistadas 1.088 pessoas, incluindo respondentes
LGBT+ e heterossexuais, de 18 a 56 anos ou mais, de todos
os 27 estados do Brasil, via online; veja mais em Orientação
assumida). A maior parte da discriminação foi feita dire-
tamente por colegas. Cerca de 12% dos entrevistados que
passaram por algum preconceito afirmaram ter sofrido
discriminação direta ou velada por líderes da empresa, in-
cluindo gestores. Piadas e comentários homofóbicos foram
os mais citados entre as formas de discriminação. Para
82% dos entrevistados LGBT+, ainda falta muito para que
as empresas os acolham melhor. Somente 32% deles disse-
ram se sentir acolhidos na empresa atual ou em que traba-
lharam, enquanto 38% dos heterossexuais afirmaram que
dentro da empresa as pessoas LGBT+ se sentem acolhidas.
Em relação ao governo atual do país, 64% dos entrevis-
tados LGBT+ afirmaram que o governo não se preocupa
com a diversidade no Brasil. Entre os heterossexuais, o
percentual diminui para 39% e na base geral, incluindo
ambos recortes, o nível foi de 45%. Ainda sobre o assun-
to, 67% dos LGBT+ afirmaram que promover a igualdade
entre os gêneros é uma responsabilidade do governo. En-
tre os heterossexuais, o índice foi de 43% e no geral dos
entrevistados, 49%. Já em relação a homofobia, 76% dos
respondentes LGBT+ disseram acreditar que o Brasil é
um país homofóbico. Para os heterossexuais, apenas 53%
acreditam na afirmação. No geral, 59% dos entrevistados
disseram concordar com a afirmação. Ou seja, ainda há
muito o que fazer...
ecentemente, o GPA, um dos maiores grupos varejistas
e de distribuição do país, e a Danone se uniram à Ser
Especial, entidade sem fins lucrativos que atua pela in-
clusão de PCDs na sociedade e no mundo do trabalho. Desse
encontro, mais de 150 currículos de PCDs foram enviados à
plataforma digital gratuita desenvolvida pela Danone. A plata-
forma também conta com conteúdos exclusivos informativos
que apoiam a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente
de trabalho. “Acreditamos que a diversidade enriquece o am-
biente de trabalho e potencializa os resultados”, afirma Andrea
Zitune, responsável pela área de talentos na Danone.
O GPA também vai auxiliar na capacitação desses profis-
sionais por meio do programa Sementes, desenvolvido pela
rede Extra em parceria com o Instituto GPA. “Temos o com-
promisso de promover a diversidade em nosso quadro de co-
laboradores em um retrato o mais fiel possível da sociedade
brasileira”, afirma Susy Yoshimura, diretora de sustentabili-
dade do grupo varejista.
Andrea, da
Danone:
potencializar
os resultados
Suzy, do
GPA: retrato
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