Em sua 9ª edição, o festival de filmes Rocky Spirit traz a
temática “Histórias que Libertam”, com a proposta de
inspirar o público a buscar uma vida mais conectada com
a natureza, a arte e as atividades para o bem-estar
Por Ana Paula Ferreira
FREE FLOW
Dirigido por Paul Diffley, o curta acompanha a alpinista
britânica profissional Hazel Findlay ao longo de uma
corrida com escalada nas montanhas da Snowdonia,
região do noroeste do País de Gales, onde ela sobe em
penhascos sem qualquer equipamento de segurança.
“Uso meus dedos das mãos e dos pés para encontrar os
lugares certos. E isso é tudo de que preciso”, garante.
CHASING THE SUBLIME
“Por que nos colocamos em um caminho
de desconforto e risco?” e “o que nos leva
a ficar cansadas demais para lutar contra o
medo, em nome da aventura?” são alguns
dos questionamentos trazidos neste curta-
metragem. Com direção de Amanda Bluglass,
o vídeo apresenta as nadadoras Kate Rew e
Kari Furre em cenas pelas águas geladas do
Loch Hourn, na Escócia, Reino Unido.
ALL IN: ALASKA HELI SKIING SEGMENT
O projeto traz as performances das esquiadoras Angel Collinson,
Michelle Parker e Elyse Saugstad nas montanhas do Alasca. Após
serem deixadas no alto das montanhas por um helicóptero, elas
deslizam quilômetros de distância na neve em meio a saltos e
manobras com os esquis. “Se me sinto nervosa quando estou
nos picos, vejo Michelle e Angel perto de mim e penso: ‘Elas
conseguem fazer isso... Eu consigo!’”, diz Elyse Saugstad. O trio
passou a maior parte de abril de 2018 na região, esquiando e
filmando ao lado do diretor de fotografia Scott Gaffney.
MENTORS: HILAREE NELSON
Primeira mulher a subir os montes Everest e Lhotse em menos
de 24 horas cada, Hilaree Nelson é um dos maiores nomes
do alpinismo – modalidade normalmente representada por
homens. Com um depoimento forte, ela mostra, por seu
exemplo pessoal, como as mulheres podem fazer qualquer
coisa que quiserem. “Honestamente, somos sempre criticadas
e estamos sempre competindo entre nós para o mesmo
trabalho, porque só existe uma vaga para mulheres. Eu acho
que isso está mudando e agora todas nós podemos nos tornar
modelos umas para as outras. Podemos ser mentoras e dividir
o espaço. E isso é novo. Não precisamos mais de ‘a primeira
mulher a’ [fazer algo]. Agora apenas somos o que somos.” •