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Capítulo 14
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
Eduardo Fernandes RibeiroINTRODUÇÃO
Uma das principais causas da admissão de paciente em serviços hospitalares é a
elevação da pressão arterial repentina e intensamente. Deve-se diferenciar as
emergências hipertensivas – que exigem redução pressórica de 15 a 25% dos valores
iniciais em 1 h com medicações intravenosas –, das urgências hipertensivas,
controladas com anti-hipertensivos orais em um período de tempo mais prolongado (em
geral até 24 h). Existem também as pseudocrises hipertensivas, em que a elevação da
pressão não leva à lesão de órgão-alvo, mas é consequência de condições como dor
não cardiovascular, cefaleias primárias, ansiedade, abdome agudo, entre outras, e cujo
objetivo se torna o controle do fator desencadeante, não dos valores pressóricos.
URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
Situações com considerável elevação da pressão arterial, em geral, pressão arterial
diastólica (PAD) ≥ 120 mmHg, sem evidências de acometimento agudo, grave ou
progressivo de órgão-alvo (Tabela 14.1).
Tabela 14.1 Urgências hipertensivas.
Hipertensão associada
aInsuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência coronariana crônica
Aneurisma de aorta sem sinais de dissecção
AVC isquêmico não complicado
Queimaduras extensas
Epistaxe significativaHipertensão
perioperatóriaPré-operatório de cirurgias de emergência
Intraoperatório de grandes cirurgias
Hipertensão grave em pós-operatório