Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Alterações eletrocardiográficas


As principais alterações eletrocardiográficas na fase aguda da miocardite incluem:


Tabela 16.2 Exames complementares para diagnóstico de miocardite.


Exame Recomendação e evidência
Eletrocardiograma Recomendado para todos os pacientes – I C

Ecocardiograma

Avaliação funcional – I B
Auxílio à biopsia endomiocárdica – IIa C

Ressonância nuclear magnética cardíaca

Avaliação da função, geometria e morfologia se houver suspeita de miocardite aguda, subaguda
ou crônica – I B
Investigação diagnóstica de miocardite aguda, crônica e/ou suspeita de miocardite prévia – IIa B
Acompanhamento por 4 a 12 semanas do episódio agudo – IIa C
Não recomendada a pacientes com miocardite fulminante instável – III B
AngioTC de coronárias Exclusão de coronariopatia obstrutiva grave – IIa C
Cintilografia miocárdica Cintilografia com 67-gálio para investigação diagnóstica – IIb B

Biopsia endomiocárdica

Insuficiência cardíaca de início recente (< 2 semanas), sem causa definida, não responsiva ao
tratamento usual e com deterioração hemodinâmica – I B
IC de início recente (2 semanas a 3 meses), sem causa definida e associada a arritmias
ventriculares ou bloqueios atrioventriculares de segundo ou terceiro graus – I B
IC subaguda (> 3 meses e < 12 meses), sem causa definida e sem resposta à terapia padrão
otimizada – IIa C
IC decorrente de cardiomiopatia dilatada com qualquer duração e suspeita de reação alérgica
e/ou eosinofilia – IIa C
Arritmias ventriculares sem causa definida – IIb C

Distúrbios de repolarização e bloqueios atrioventriculares
Infra ou supradesnível do segmento ST, principalmente se associado à
miopericardite (onda Q tem pior prognóstico)
Arritmias supraventriculares ou ventriculares.
As alterações na fase subaguda ou crônica que apresentam pior prognóstico são:
Sobrecarga ventricular
Bloqueio de ramo esquerdo
Supradesnível do segmento ST difuso e infra do segmento PR (miopericardite).
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