(correspondente ao fechamento da valva aórtica) (Figura 19.3). A retirada do balão
deverá ocorrer após estabilização do quadro hemodinâmico, e isso pode se dar por
desmame, aumentando o número de ciclos não assistidos em comparação com os
assistidos (2:1 e 3:1).
Os efeitos hemodinâmicos originados pela instalação do BIA variam de paciente
para paciente; entretanto, espera-se em média redução de 20% na pressão sistólica,
aumento em torno de 30% da pressão diastólica, diminuição de 20% da frequência
cardíaca e elevação de 20% do débito cardíaco. Além disso, observa-se redução do
estresse na parede do ventrículo esquerdo, dando origem a menor consumo de
oxigênio pelo coração.
Por causa desses efeitos, o BIA conseguiu, em alguns trabalhos, reduzir as
alterações eletrocardiográficas no segmento ST em pacientes que não responderam ao
tratamento ou que não conseguiram realizar revascularização, servindo, assim, como
ponte para transplante. Além disso, segundo Fotopoulos et al.,^1 o BIA teve a
capacidade de auxiliar o tratamento de arritmias ventriculares refratárias em pacientes
com função sistólica reduzida. Entretanto, os resultados dos estudos na fase aguda de
infarto do miocárdio foram conflitantes, fazendo com que a American Heart Association
revisasse sua indicação nesse cenário, rebaixando a indicação para classe IIB.
Figura 19.3 Curva de pressão com ciclo assistido.
A incidência de complicações relacionadas com o BIA, segundo Ferguson et al.,^2 é
em torno de 7%; todavia, complicações maiores como sangramento significativo,