Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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O colesterol não HDL (CT – HDL) é uma estimativa do número total de partículas
aterogênicas no plasma (VLDL + IDL + LDL). É melhor em comparação com o LDL,
principalmente nos casos de hipertrigliceridemia associada ao diabetes, à síndrome
metabólica ou à doença renal.
A apo B é a principal apoproteína das partículas aterogênicas constituídas das
lipoproteínas VLDL, IDL e LDL (apo B é igual ao LDL na predição de risco). A apo A-I é
a principal apoproteína da HDL e fornece uma boa estimativa da concentração de HDL.
Metas de CT e LDL são os principais alvos terapêuticos na prevenção da doença
cardiovascular. O benefício clínico da utilização de outras variáveis ainda não foi
estabelecido.


CLASSIFICAÇÃO


As dislipidemias são classificadas em:


Hipercolesterolemia isolada: LDL ≥ 160 mg/dℓ
Hipertrigliceridemia isolada: TG ≥ 150 mg/dℓ
Hiperlipidemia mista: LDL ≥ 160 mg/dℓ e TG ≥ 150 mg/dℓ
Quando TG > 400 mg/dℓ, o cálculo pela fórmula de Friedewald é inadequado,
devendo-se considerar hiperlipidemia mista quando CT ≥ 200 mg/dℓ
HDL baixo: homens < 40 mg/dℓ e mulheres < 50 mg/dℓ.

ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR


FASE 1 | PRESENÇA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA SIGNIFICATIVA OU SEUS
EQUIVALENTES


A presença de um ou mais fatores presentes no Quadro 24.1 confere risco > 20% em
10 anos de apresentar novos eventos cardiovasculares ou um primeiro evento
cardiovascular (I A).


Quadro 24.1 Critérios de identificação de pacientes com alto risco de eventos
cardiovasculares.


Diabetes tipos 1 e 2
Doença renal crônica
Hipercolesterolemia familiar
Manifestações clínicas de doença aterosclerótica coronariana, obstrutiva periférica ou cerebrovascular
Aterosclerose subclínica, significativa, documentada por método diagnóstico
Procedimentos de revascularização arterial

FASE 2 | ESCORE DE RISCO

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