Manual de Cardiologia - Pedro Ivo de Marqui Moraes

(Antfer) #1

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Indicado a situações como:


CF III ou IV persistente a despeito de terapia otimizada
Dependência refratária de inotrópicos intravenosos ou assistência circulatória
mecânica
Doença isquêmica com angina refratária sem possibilidade de revascularização
Arritmia ventricular refratária
VO 2 pico ≤ 14 m/kg/min no teste cardiopulmonar.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA


O diagnóstico se baseia na presença simultânea de sinais e sintomas de IC congestiva,
FE normal ou levemente reduzida (FE > 50%) e evidência objetiva de disfunção
diastólica de VE (relaxamento ou enchimento anormal, distensibilidade diastólica
anormal ou rigidez diastólica).
Compreende cerca de 50% das ocorrências de IC, variando entre 20 e 60% dos
casos conforme diferentes estudos. Fatores de risco principais incluem sexo feminino,
idade avançada e hipertensão arterial sistêmica (HAS). Já a insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida é mais frequente em homens, coronariopatas e com história
prévia de insuficiência cardíaca.
É importante fazer o diagnóstico diferencial entre cardiomiopatias restritivas
(amiloidose, sarcoidose, hemocromatose), pericardite constritiva, doença valvar
primária, IC de alto débito (anemia, tireotoxicose, fístulas arteriovenosas), doença
pulmonar obstrutiva crônica com IC direita, medidas errôneas de FE e diagnóstico
errôneo de IC (nesse contexto, valores baixos de BNP ou pró-BNP auxiliam a exclusão
do diagnóstico de IC).
O tratamento atual de ICFEP ainda está centrado nos sintomas, e inclui:
Controle de HAS (IC)
Controle de FC em pacientes com fibrilação atrial (IC)
Diuréticos para controle de congestão pulmonar ou sistêmica (IB)
Uso de IECA ou BRA e BB independentemente de HAS ou isquemia (IIa B)
Restauração do ritmo sinusal para melhorar sintomas em pacientes com fibrilação
atrial (IIa C).


ACOMPANHAMENTO DOS PACIENTES


Avaliar, a cada consulta, os estados funcional e volêmico por anamnese e exame físico
(I C). Monitorar periodicamente eletrólitos e função renal (I B). Deve-se avaliar
rotineiramente a adesão ao tratamento e proceder à reavaliação ecocardiográfica em
casos que necessitem de reajuste terapêutico (IIa C).

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