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N
Os fuzileiros simulam a
conquista de um edifício
em Utqiaġvik, no Alasca,
a cidade mais setentrional
dos Estados Unidos.
O general Robert Neller,
comandante do Corpo
de Fuzileiros, disse
recentemente aos
senadores que, depois
de terem passado anos
centrados no Médio
Oriente e no Pacífico,
os fuzileiros “tinham
regressado ao tema
do clima frio”.
NO FINAL DE UMA MANHÃ CINZENTA de
Novembro, de pé sobre o mar gelado nos
arredores da cidade, Marvin Atqittuq, o
recém-eleito comandante de patrulha da
comunidade árctica de Gjoa Haven, con-
vocou as tropas para uma reunião.
O vento gélido trazia neve de sul. Os ter-
mómetros registavam -30ºC. Estava frio,
mas não tão frio como isso para o Árctico.
O Grupo Inuit, formado por cerca de
vinte homens e mulheres, juntou-se, com
as armas a tiracolo, envergando casacos
de pele de rena cosidos à mão ou calças
feitas com peles de urso polar. Outros
usavam roupas compradas em lojas,
muito menos quentes, mas ainda assim
namuktuk, suficientemente boas
por agora. ¶ Marvin calçou as luvas de
pele de foca e definiu o plano do dia.
O grupo pertencia aos Canadian Rangers,
uma componente reservista das forças
armadas do Canadá, e Marvin iria agora
chefiá-los na sua primeira missão
como comandante: uma patrulha sema-
nal, em motos-de-neve, descendo a orla
costeira da ilha do Rei Guilherme.
Esta reportagem fotográfica
foi patrocinada pela Fundação
John Simon Guggenheim
Memorial e pelo Centro Pulitzer.