Jaciara: (Senta no tronco de árvore.) Claro que eu espero. Tu és
a cruz que eu carrego, Janaína. (Conversando com a platéia.)
Agora, vejam mesmo: A menina fez xixi quase agora e já está
com vontade de fazer de novo. Eu posso com um negócio desse?
Posso não. Que menina mijona, nunca vi algo parecido. A Janaína
devia ser estudada por grandes cientistas, por que parece que a
bexiga dela mija à prestação. Só de pouquinho e pouquinho.
Misericórdia! Ela sempre foi assim, desde criança. Uma mijadeira
que só ela. Mas agora eu já sei: da próxima vez eu trago um penico
na mala. Pronto. Resolvido.
(Entra a atriz de Janaína em outra personagem: Mulher De
Preto. Seu figurino é todo preto, inclusive ela usa um véu dessa
cor. Misteriosa e um tanto amedrontadora.)
Mulher De Preto: Posso sentar aqui?
(Jaciara observa a mulher da cabeça aos pés. Antes de
responder, vira de lado e se benze de maneira exagerada.)
Jaciara: Claro.
(Mulher De Preto senta, também no tronco de árvore. Jaciara a
encara.)