Clipping Jornais - Banco Central (2022-04-24)

(Antfer) #1

'AINDA SOMOS UMA START-UP. SUCESSO É NÃO MUDAR NADA'


Banco Central do Brasil

Jornal O Globo/Nacional - Economia
domingo, 24 de abril de 2022
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: RAPHAELA RIBAS E ALEXANDRE
RODRIGUES economia&oglobo. com. br


ENTREVISTA


Cristina Junqueira/ COFUNDADORA E DIRETORA-
PRESIDENTE DO NUBANK NO BRASIL


Pouco mais de quatro meses após levantar US$ 2, 6
bilhões em sua oferta pública inicial (IPO) de ações na
Bolsa de Nova York, o Nubank obteve uma linha de
crédito de US$ 650 milhões com bancos que
coordenaram sua abertura de capital. Vai reforçar a
expansão internacional (iniciada por México e Colômbia)
do banco digital brasileiro criado em 2013, que tornou
Cristina Junqueira uma rara figura feminina entre
banqueiros. Apesar das cifras da fintech que fundou
com David Vélez (CEO global e presidente do Conselho
de Administração) e Edward Wible -o Nubank chegou a
ser o maior banco em valor de mercado da América
Latina pouco depois do IPO -, a engenheira com
mestrado em Administração ainda vê a empresa como
uma start-up.


Em entrevista ao GLOBO, revela que o investimento
pesado em tecnologia para cruzar dados de clientes que
os bancos tradicionais ignoram é o que lhe dá
segurança, à frente das operações no Brasil, para
manter a expansão num cenário adverso. Admiradora
de Anitta, que integra o Conselho de Administração do
Nubank, ela também é atuante nas redes sociais, onde
mostra parte da rotina de mãe de três filhas. Para ela,
casais hoje dividem melhor as tarefas para que nenhum
dos dois precise abrir mão da carreira ou da família.

O que significa a linha de crédito de US$ 650 milhões?

É muito positivo saber que temos esse apoio de
fundinglocal. Ainda temos muito trabalho no México e na
Colômbia, apesar de a gente já ver sinais de
receptividade do público, que é o que importa. Na nossa
estrutura de capital, temos muito dinheiro na holding do
que veio do IPO, mas, muitas vezes, dependendo do
uso e do mercado local, faz sentido ter captação de
dívida. Mostra que a operação lá está forte, que
estamos preparados.

O que mudou na forma como o Nubank é dirigido após
o IPO?

A gente ainda se vê como start-up. Por mais longe que
a gente já tenha chegado, tem muita coisa para fazer. A
gente se sente muito pequeno. Dados mostram o
quanto o Nubank representa do sistema financeiro. E
nada. Em cartão de crédito, nossa maior operação,
somos uns 7%. Investimento é menos de 1%. Fizemos
o IPO para estarmos bem capitalizados e acelerarmos o
crescimento. Quando começamos a falar de IPO,
definimos que sucesso era não mudar nada. Tornar-se
uma empresa aberta e, no dia seguinte, isso não fazer
diferença para as pessoas trabalhando. Isso é sucesso.
Não temos tomado decisões de maneira diferente.

Após o IPO, as ações caíram. Que valor ainda não
parece claro para o investidor?

O que tem é muita volatilidade nos mercados. Não é a
Free download pdf