Clipping Jornais - Banco Central (2022-04-24)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Jornal Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 24 de abril de 2022
Cenário Político-Econômico - Colunistas

para fazer alguma coisa, discutindo em grupos quase
semanais a respeito de tudo o que está acontecendo.
Extraordinariamente preocupados com o que pode
acontecer nestas eleições.


Todo o mundo está contendo um pouco a ansiedade,
mas com dificuldade, porque há uma exasperação, uma
intenção muito clara de alguma manifestação. Como se
colocou que o dia 18 de maio seria uma data em que
algo viría, os grupos estão procurando tentar entender
qual é a conversa que está acontecendo nos partidos e
tentar influenciá-los, para que decidam um nome com a
maior rapidez possível, seja qual for.


Eu vejo um movimento mais discreto, porém aquecido
neste momento, mas vejo manifestações muito mais
ruidosas a partir do dia 18.


Um grupo de empresários, inclusive com a sua
presença, participou da manifestação contra Bolsonaro
no ano passado. Seria isso? Não sei se existe clima
para protesto de rua, até porque há uma polarização
que chega a ser perigosa. Tem se tentado evitar esse
encontro porque acaba pouco ajudando em uma
discussão de centro democrático e mais levando a
agressões.


Não sei se vai haver movimentos de rua, mas
certamente haverá muita manifesta cão, manifestos,
conversas. Acho que vai haver uma mobilização da
sociedade, o que, na minha opinião, é a essência da
resposta para este país.


E a terceira via? Parte do empresariado, que o inclui,
ainda acredita nela? Ainda sou daqueles que acreditam
que a política muda com rapidez, razão pela qual não
devemos desistir. Claro que não se pode levar isso até
o dia anterior à eleição. Tem de haver um
posicionamento, e, certamente, pró-democracia, que é o
que temos de mais importante, que é ancorado pela
liberdade.


Acho que o que está se tentando neste momento é
ainda acreditar que pode haver movimentos. E isso,
quem sabe, traria um candidato que contaria com


muitas pessoas que estão indefinidas, mas também
muitas que têm se manifestado por um ou outro
candidato dos polos, mas muito mais por questão de
acomodação do que por convicção.

Acho que não há convicção ainda, com exceção
daqueles 20% que tem o Bolsonaro e os vinte e poucos
a 30% que tem o Lula. O resto não tem. Esse pessoal é
o que pode mover. Então, até esse anúncio do dia 18,
vamos continuar acreditando que há possibilidade de
um centro democrático, que consiga fazer um grande
pacto e avançar.

Eu acho que, hoje, as pessoas estão muito mais
preocupadas com as suas contas do que em prestar
atenção nas eleições. Boa parte do eleitorado está
preocupada com o que, na minha opinião, é o mais
grave neste momento, que é a inflação.

Raio-X

Membro do conselho de administração da Klabin, é
acionista da Presh, que é acionista da Klabin Irmãos.
Economista e pós-graduado em administração de
empresas pela FGV, foi presidente da Fiesp/Ciesp, do
Sesi/Senai, do Sebrae-SP e do conselho temático de
economia da CNI, da Bracelpa, do conselho da AACD e
outros

COLUNISTAS

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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