Aero Magazine - Edição 304 (2019-09)

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decolagem e novo sistema de ar
condicionado, dentre outros.

TBM 850
O TBM 700 modelo “N” passou a
ser equipado com um motor Pratt
& Whitney PT6A-66D de 850
cavalos de potência de eixo e re-
cebeu o nome comercial de TBM


  1. Nessa versão, seria incorpo-
    rada a suíte Garmin G1000, além
    do aumento de áreas de carga
    com reposicionamento de pol-
    tronas. Enfim, em 2009, o grupo
    industrial francês Daher comprou
    a participação majoritária da
    então EADS-Socata e assumiu a
    continuação do desenvolvimento
    do TBM 850.
    Cinco anos depois, o projeto
    recebeu 26 modificações e pas-
    sou a se chamar TBM 900. Os
    winglets e o conjunto de cinco
    pás de hélice de fibra de carbono,
    somados aos vários refinamentos
    aerodinâmicos, como remodela-
    gem das portas do trem de pouso,
    da entrada de ar do motor e do
    cone de cauda trouxeram mais
    velocidade sem a necessidade de
    aumento de potência.
    O modelo ficou mais rápido
    em cerca de 14 nós (kt), mantendo
    o mesmo motor de 850 cavalos
    de potência de eixo. A partir de
    então, o TBM 900 conseguiria
    voar no nível 310 com velocidade
    máxima de 330 nós, compatí-
    vel com a de alguns jatos leves.
    Ainda nessa versão, o espaço
    entre poltronas seria melhorado,
    bem como a porta de acesso do
    piloto deixaria de ser opcional,
    tornando-se padrão para todas as
    unidades fabricadas.
    Em 2017, o novo TBM 910
    receberia a suíte Garmin G1000
    Nxi e, ainda hoje, permanece em
    produção. Mas, no ano seguinte,


uma nova variante sairia de fá-
brica equipada com a suíte touch
screen Garmin G3000 e passaria a
se chamar TBM 930. Finalmente,
em maio de 2019, esse modelo
daria lugar ao TBM 940, com
mais aperfeiçoamentos na suíte
G3000. Atualmente, a Daher
comercializa os modelos 910 e


  1. Segundo o fabricante, seus
    desempenhos são rigorosamente
    iguais. As maiores diferenças
    entre o descontinuado TBM 930
    e o atual TBM 940 são o recurso
    de autothrottle e o acionamento
    automático do sistema antigelo.


LÓGICA DA EVOLUÇÃO
Um olhar mais atento à evolução
dos TBM, no entanto, revela
uma mudança nos objetivos
estabelecidos no projeto. Nos
primeiros tempos, o desafio era
levar o desempenho a valores
equiparáveis ao de pequenos
jatos, preservando as característi-
cas boas dos turbo-hélices, como
baixo consumo de combustível e
operações em pistas não prepa-
radas. Então, as aeronaves TBM
chegaram ao nível de voo 280, de
cruzeiro ótimo, e teto de serviço
de FL 310.
São altitudes onde os espaços
aéreos são menos utilizados e,
portanto, mais disponíveis. O
uso de separadores inerciais para
proteção contra objetos estranhos
(FOD) e a operação de conjunto
de cinco pás de hélices dariam
condições de decolagens e pousos
curtos em ambientes exclusivos,
onde motores a reação não se
atreveriam.
Mas, a partir dos sucessivos
modelos “900”, o trabalho dos en-
genheiros passaria a buscar mais
conforto e segurança. Hoje, os
novos recursos ergonômicos dei-

xam claro que a operação do TBM
940 ficou mais fácil e prazerosa. O
piloto teve reduzida sua carga de
trabalho e os passageiros usu-
fruem de recursos que melhoram
a experiência de voar.

NO TABLET
Um exemplo é que o piloto já
pode dar início aos preparati-
vos na noite anterior à viagem,
utilizando o aplicativo Garmin
Pilot instalado em um tablet,
conectado à internet. O applet
permiteaopilotoanalisaras
rotase a previsãometeorológica
e obterNOTAMs, informações
dos aeroportos pretendidos,
relevo e alternativas. Em alguns
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