Aero Magazine - Edição 304 (2019-09)

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aeronave consegue voar pernas de
1.200 milhas náuticas em altitudes
que a livram das formações mais
comuns, chegando ao destino com
uma hora e meia de autonomia.
No regime de longo alcance, ele
vai de Porto Alegre a Manaus, no
nível de voo 310, com reserva de 45
minutos. Ou de Porto Velho ao Rio
de Janeiro, no nível de voo 280, no
regime de máximo cruzeiro.
Ao receber seus passageiros,
o comandante se vale da grande
porta traseira para acomodar a
bagagem e facilitar o embarque.
Desde a versão TBM 900, todas as
unidades vêm de fábrica com uma
porta de acesso à cabine. Ou seja,
pode-se fechar a porta traseira
por fora e ingressar na cabine pela
porta dianteira. Em um eventual
pouso de emergência, as duas
portas de embarque, somadas à de
emergência, proporcionam me-
lhores possibilidades de escape.

PARTIDA E ADS-B
Nos preparativos para a partida,
as informações aeronáuticas
necessárias podem ser encon-
tradas no painel quando este for
inicializado. O sistema ADS-B
permitirá receber dados meteoro-
lógicos diretamente das autori-
dades aeronáuticas pelo serviço
FIS (Flight Information System),
hoje já em operação nos Estados
Unidos. No Brasil, o Decea opera
sistema semelhante, utilizando
os protocolos ACARS, mas,
acredita-se, em breve, o serviço
poderá estar disponível também
para a tecnologia ADS-B.
A partida no motor ficou mais
fácil. A introdução de manete
único, já na versão TBM 900, con-
centra os comandos de abertura
do combustível para marcha lenta
baixa e alta. Depois de correr o

manete no trilho da direita até o
batente dianteiro, e com o motor
em funcionamento, o piloto o
movimenta para a esquerda e
“desembandera” a hélice.
Já no trilho esquerdo, o
manete tem liberdade de correr
para frente, elevando a potência
até o máximo. No sentido oposto,
ele entrará na faixa de táxi e, na
sequência, na faixa de reverso. O
passo da hélice é sempre ajustado
automaticamente de acordo com a
posição do manete e programações
adicionais do painel G3000.

TÁXI E MOVING MAP
Ao iniciar o táxi, o piloto conta
com dois recursos de orientação
no solo. O Safe Taxi é um deles.
Ele traz ao Moving Map a planta
de pistas de táxi e detalhes dos
pátios da maior parte dos aeropor-
tos públicos. Um ícone vermelho
representando o avião surge
taxiando sobre o mapa, enquanto
o piloto observa sua posição em
relação à planta do aeroporto.
O outro recurso se chama
Surface Watch. Ele gera alertas
no PFD para evitar que o piloto
erre a pista de decolagem. Ava-
lia, ainda, se a configuração atual
de peso, temperatura e altitude
permitem decolar em segurança
ou se o comprimento da pista
é insuficiente (para decolar ou
pousar). Também gera alertas
sobre outros aviões, cujas mano-
bras possam colocar em risco a
operação do TBM 940. Ambos
os recursos dependem dos dados
dos aeródromos disponíveis ao
Safe Taxi.
Ao ingressar na cabeceira,
pronto para a decolagem, o piloto
pode utilizar o diretor de voo para
auxiliar na dosagem da arfagem
a ser aplicada após sair do chão.

Diretores de voo são especialmente
importantes em situações durante
as quais o horizonte natural rapida-
mente deixa de ser visto após a
decolagem, de teto baixo ou escuri-
dão noturna. Pressionando o botão
GA, na lateral esquerda do manete
de potência, o diretor de voo surge
sobre a imagem do horizonte
artificial em ambos os PFD.

DECOLAGEM E
AUTOTHROTTLE
Para quem já domina a opera-
ção do Garmin G3000, a grande
novidade do modelo 940 é, sem
dúvida, o recurso autothrottle.
No painel do piloto automático,
introduziu-se uma nova tecla
“AT”. Acionada, ela põe o piloto
de prontidão. O autothrottle ajus-
ta a potência adequada para cada
fase do voo. Na decolagem, por
exemplo, evita que os parâmetros
de operação do motor sejam
ultrapassados. Ao comandar
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