Aero Magazine - Edição 304 (2019-09)

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de voo de Macaé recebe os dados
de navegação dos helicópteros que
operam na Bacia de Campos.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Enquanto o piloto trabalha suas
tarefas, alguns sistemas atuam em
segundo plano, de forma discreta.
Um deles é o ESP (Electronic
Stability and Protection). Essa
programação dificulta a pilota-
gem manual acima de alguns pa-
râmetros de inclinação e arfagem.
Se o piloto comandar atitudes
agressivas, a partir de trinta graus
de inclinação ou valores extremos
de arfagem, os servos dos P.A.
já começam a opor uma reação
mecânica, possível de ser vencida
com a força dos braços.
Se essa condição perdura
mais de 10 segundos, o ESP
aciona o modo LVL do P.A., que
então comanda a volta do avião à
atitude de voo nivelado, aban-
donando, assim, qualquer outra

programaçãoarmadaanterior-
mente.Damesmaforma,seo
aviãoentraremumasituaçãode
altavelocidade,o ESPfazsubir
o narize oautothrottleinterfere,
reduzindoa potênciadomotor.
A pilotagemdemáquinas
sofisticadasemambientescomple-
xosdecirculaçãoaéreademanda-
riacadavezmaishabilidadesdos
pilotos.Porisso,ossistemasde
proteçãodoG3000secomportam
noTBM 940 comoumaespéciede
“inteligênciaartificial”.E issopode
indicarumatendência.

DESCIDAEVISÃOSINTÉTICA
Nahoradadescida,o planode
voopodeserprogramadocom
asaltitudesa seremintercepta-
dasemcadapontodarotaoude
umaSTAR,a razãodedescida
a serempregada,associadosa
velocidadesa seremmantidas.
E,paracadaumadelas,o G3000
defineumTOD(TopofDescend)
de acordo com toda essa pro-
gramação. O modo VNV do
P.A. vai, então, capturando cada
uma dessas altitudes, enquanto o
autothrottle mantém a velocidade
programada anteriormente.
A visão sintética dos PFD é
outro recurso importante para
a manutenção da consciência
situacional do piloto. Por trás
do desenho dos instrumentos
básicos de voo, há uma imagem
dinâmica que reproduz o espaço
tridimensional externo. São
mostrados com detalhes o relevo,
os rios, as lagoas e o mar junta-
mente com os tráfegos ao redor.
Também surge em primeiro plano
o caminho aéreo (pathway) que
deve ser percorrido, criado a
partir das programações de na-
vegação lateral e perfil de descida
programados pelo piloto. O PFD

e o MFD podem ter suas telas
divididas em duas áreas, onde é
possível se alocar cartas de nave-
gação, imagens de radar ou outras
informações gráficas.

APROXIMAÇÕES LNAV E ILS
Toda a estrutura lógica do G3000
integrada com o sistema do piloto
automático (AFCS) está prepa-
rada para realizar aproximações
com guias laterais e verticais,
quer seja por navegação GPS ou
ILS. Nas aproximações RNAV
GNSS, o piloto encontra dispo-
níveis no Brasil as aproximações
LNAV/VNAV, LNAV+V e LNAV.
Na primeira, há rampa
vertical disponível para o piloto
automático levar a aeronave até
uma D.A. (Decision Altitude),
guiando-se horizontalmente pelo
sinal GPS e verticalmente pelas
altitudes lidas a partir do altíme-
tro (Baro VNAV). Já nas aproxi-
mações LNAV+V, a arquitetura
é semelhante, com a diferença
que a guia vertical disponível
não deve ser voada até a D.A. O
nivelamento precisa ocorrer antes,
quando a aeronave chegar a MDA
(Minimum Descending Altitude).
Finalmente, nas aproximações
LNAV não há guia vertical, sendo
necessário ao piloto utilizar o
modo VS, do piloto automático,
para descer com razão constante
até a MDA e nivelar.
Aproximações ILS podem ser
carregadas no plano de voo. O
piloto automático segue a guiagem
lateral por GPS até o FAF. Nesse
ponto, com o avião já recebendo
os sinais de LOC, o CDI comuta
automaticamente de modo GPS
para LOC. Nessa hora, o modo
APR do P.A. já deve estar armado
para dar continuidade à captura
de LOC e GS. Durante toda a

Detalhes do
acabamento
e suportes
disponível no
TBM 940

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